Boate Kiss: atores falam sobre experiência de gravar a minissérie

A produção ainda está disponível no streaming da Netflix.

Há pouco, a Netflix disponibilizou em seu catálogo uma minissérie chamada “Todo Dia a Mesma Noite”. A produção contém apenas cinco episódios e seu enredo é inspirado no livro escrito por Daniela Arbex, que possui o mesmo título.

A história narrada na minissérie diz respeito ao trágico evento que aconteceu na Boate Kiss, localizada em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, no ano de 2013. O drama contextualiza a vida de alguns jovens que estiveram na boate e acabaram falecendo com a tragédia lá ocorrida, além de retratar a luta de seus familiares por justiça.

Em uma entrevista, alguns membros do elenco, como Mafê Medeiros e a dupla de irmãos Fernando e Miguel Roncato, compartilharam, em detalhes, um pouco sobre como foi participar dessa produção. E é sobre isso que comentaremos hoje.

Uma visão por trás das câmeras

A atriz Mafê Medeiros foi a responsável por desenvolver o papel de irmã da Mari, uma das personagens que esteve dentro da boate e acabou falecendo.

Segundo os relatos de Mafê, em nenhum momento ela teve contato com os familiares representados em “Todo Dia a Mesma Noite“. Porém, embora isso não tenha acontecido, ela relatou que pesquisou bastante sobre o assunto.

“Durante as preparações de elenco, eu estudei bastante e me aprofundei na história, assisti a muitos documentários e reportagens, além de ler o livro em que foi inspirada a série.”

A atriz ainda compartilhou que o processo de gravação não foi fácil; pelo contrário, foi muito doloroso. Mafê também explicou que ela e o elenco tiveram auxílio de psicólogos nos bastidores.

Já Miguel Roncato, que deu vida ao personagem de Filipinho na trama, o qual representa a história real de Silvio Beuren Júnior, conhecido carinhosamente como “Silvinho”, comenta que teve contato com a família da vítima.

Para ele, esse foi um momento inesquecível que levará consigo para sempre. Miguel ainda diz:

“Todos nós nos demos as mãos e decidimos juntos contar essa trágica história da forma mais respeitosa possível. Não foi fácil fazer, não é fácil assistir. Não foi. Não é. Nunca será. Mas é necessário ver. Não podemos deixar que caia no esquecimento. Por memória e justiça. Para que não se repita.”

O ator ainda revelou qual parte das cenas de “Todo Dia a Mesma Noite” foi a mais complicada de gravar, em sua opinião. E, quando dizemos “complicada”, não estamos nos referindo a dificuldades práticas, mas ao momento de controlar as emoções.  Segundo Roncato, o momento mais difícil de ser gravado ocorreu logo após o incêndio na Boate Kiss.

Veja, abaixo, um trecho mencionado por Miguel em entrevista:

“As cenas que antecederam o incêndio, para mim, foram as mais difíceis. Manter o distanciamento do que estava por vir e mostrar aquele jovem feliz no auge da sua juventude partiu o meu coração já na leitura do roteiro. Nas filmagens, tudo potencializou. Respirei fundo por inúmeras vezes.”

Logo após a fala de Miguel, seu irmão Fernando Roncato, que deu vida a Roberto, vocalista da Banda Guapos Baladeiros, também aproveitou para relatar como foi a sua experiência.

Conforme mencionado por ele, quando as gravações foram iniciadas, ele acompanhava o julgamento que estava acontecendo na época. No que diz respeito à produção, Fernando Roncato comentou sobre sua visão desse projeto e como ele é essencial. Leia abaixo:

“Sinto que todos os profissionais envolvidos nesse projeto precisavam estar ali. Todos entenderam o porquê honrando o ofício no dia a dia. Criamos um ambiente de muito respeito com a história, muita entrega de energia, muita concentração.

Coragem para iluminar! Cada pessoa tem o seu tempo, o direto de escolher ver a minissérie. Eu desejo que o mundo assista, veja o que aconteceu na boate, a força dessas famílias. Que se juntem conosco nessa corrente de amor.”

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