Barcelona pode produzir o próprio uniforme ao romper com marca famosa
Nike é a responsável pela produção do uniforme esportivo do Barcelona há quase 26 anos, mas esse cenário pode mudar a qualquer momento. Entenda o motivo!
O Barcelona enfrenta uma possível mudança significativa em sua estrutura de fornecimento de uniformes, com o presidente Joan Laporta liderando um plano que poderia resultar na produção própria dos materiais esportivos do clube.
A empresa BLM, responsável pelos itens não esportivos, e uma grande multinacional do setor são peças-chave nesse plano.
Enquanto isso, aguarda-se uma resposta crucial da Nike, parceira de longa data do clube, sobre um possível aumento de investimento para manter a parceria.
Caso o rompimento seja confirmado, pode levantar questões sobre a transição suave e os riscos financeiros que o Barcelona pode enfrentar.
Nike pode parar de produzir uniformes do Barcelona – Imagem: Reprodução
Barcelona analisa fabricar o próprio uniforme
O contrato tem sido objeto de análise por meses no clube, com a possibilidade de uma disputa judicial sendo considerada, embora não seja a preferência.
O argumento central do Barcelona é que a Nike não seria substituída por outra marca concorrente, mas por um fornecedor próprio do clube, o que inibe qualquer tipo de concorrência no mercado.
A decisão também tem uma dimensão financeira, com a expectativa de que a marca do Barcelona possa gerar uma receita maior.
Apesar dos custos adicionais de produção e distribuição, o clube ficaria com todo o faturamento das vendas. Esse assunto foi um ponto de destaque na reunião do conselho de administração realizada na quarta-feira, 29, conforme informou o Sport.
O que dizem os especialistas?
Renê Salviano, CEO da Heatmap e especialista em marketing esportivo, destacou a importância da parceria com a Nike como um fator de atratividade para outros negócios.
Ele enfatizou que o Barcelona deve buscar os melhores fornecedores e moldar suas parcerias de acordo com suas necessidades, permitindo que especialistas realizem o trabalho.
Salviano ressaltou a dificuldade que seria para o clube criar uma estrutura para cada oportunidade comercial, considerando sua grande influência global.
Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil, expressou preocupação com a distribuição ao comentar sobre o modelo de operação adotado por clubes brasileiros.
Ele informou que, até o momento, esse modelo tem sido benéfico apenas para clubes com alcance local ou estadual.
Freitas questionou a lógica e viabilidade de um clube de alcance global abandonar um fornecedor estabelecido para criar a própria marca.