Aneel anuncia bandeira sob a qual contas de energia serão cobradas em fevereiro; conheça as classificações

Como é de conhecimento de todos, nos últimos anos, as contas de luz passaram a ter as “bandeiras”, as quais definem como está o gasto de energia elétrica em um determinado local ou residência. Nesse contexto, existem quatro tipos de bandeira diferentes, a saber: Verde, Amarelo, Vermelho (patamar 1) e novamente Vermelho, mas de patamar 2.

A partir da bandeira amarela, há um custo adicional para cada 100 kWh consumidos pelo usuário, que é gradualmente aumentado até o Vermelho (patamar 2), que possui o valor adicional de R$ 9,79 para cada 100 kWh consumidos.

Segundo um estudo publicado pela LabEEE (Laboratório de Eficiência Energética em Edificações), o consumo médio em residências brasileiras é de 152,2 kWh por mês.

Sendo assim, por ser uma média, alguns brasileiros, dependendo do tipo de eletrodomésticos que possuem em casa, podem consumir até mais do que 300 kWh por mês, o que acarretaria em um aumento de R$ 29,37 em sua conta de luz, no caso da bandeira Vermelha (patamar 2).

Por que existe o sistema de bandeiras?

O sistema de taxação por bandeiras é dado, como já dito, pela relação entre consumo e produção. Posto isso, caso a produção esteja em baixa, será necessário outro meio de produção para suprir a demanda por energia elétrica.

Em razão da quantidade de rios presentes no país, a principal arrecadação de energia elétrica é feita por meio de hidrelétricas, que em geral são suficientes para o abastecimento do país.

Contudo, em períodos de seca, nos quais os reservatórios de água ficam abaixo do nível adequado, a produção consequentemente também é reduzida, até mesmo ao ponto de, sozinha, não ser suficiente para atender à demanda.

Portanto, faz-se necessário o uso de outras fontes de energia, como as termelétricas, acarretando em custos adicionais, que são visualizados nas contas da população por meio das bandeiras.

E como estamos atualmente?

Por conta do Brasil estar atualmente em um período de chuvas, caracterizado pelo verão no hemisfério sul, no momento os reservatórios das hidrelétricas encontram-se em 60% de sua capacidade de contenção, ou seja, a produção está adequada.

Desta maneira, no mês de fevereiro, a bandeira das contas de energia elétrica dificilmente passaria da bandeira Verde, na qual não há cobrança adicional.

Essa informação foi confirmada na última sexta-feira, dia 27 de janeiro, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Portanto, não haverá mudança neste mês para a bandeira de energia, que se mantém Verde como no mês anterior, janeiro de 2023.