Bairro mais caro do Brasil: saiba onde fica e quanto custa morar lá

O sonho da casa própria é um sonho distante para muitos brasileiros, especialmente para quem busca por imóveis nos bairros nobres do país.

Um estudo recente do grupo imobiliário QuintoAndar, realizado em seis capitais, revelou que os bairros mais caros estão cada vez mais supervalorizados, impactando diretamente o mercado imobiliário quando se trata de locação e venda.

Você sabe onde fica o bairro mais caro do Brasil?

Na pesquisa mencionada, o destaque ficou com o bairro do Leblon, no Rio de Janeiro, que se consagrou como o mais caro do Brasil em 2023.

Segundo o estudo, o preço do aluguel por lá ultrapassou os R$ 100 por metro quadrado, atingindo uma média de R$ 106,4.

Essa marca inédita em regiões de todas as seis capitais analisadas posiciona o Leblon como o líder incontestável em custos de locação.

Leblon é o bairro mais caro do Brasil – Imagem: iStock/Reprodução

Quando se trata da compra de imóveis, o Leblon também se destaca, liderando como o bairro mais caro do país.

O Índice FipeZap Residencial de dezembro revela que o metro quadrado na região carioca custa, em média, R$ 22 mil, seguido por Ipanema, também no Rio de Janeiro, com R$ 21 mil, e Itaim Bibi, em São Paulo, com R$ 17 mil.

O levantamento do QuintoAndar destaca que os preços do aluguel atingiram novas máximas em 2023, registrando o valor mais alto por metro quadrado desde 2019.

Capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Brasília vivenciaram uma crescente demanda por aluguel, impulsionada pela alta taxa de juros até agosto de 2023, que desestimulou a aquisição da casa própria.

Thiago Reis, gerente de Dados do Grupo QuintoAndar, explica que a dificuldade em comprar a casa própria levou mais pessoas a recorrerem ao aluguel.

Embora a taxa básica de juros (Selic) tenha iniciado uma trajetória de queda desde agosto, os juros ainda permanecem elevados, influenciando a escolha do aluguel como alternativa.

Imóveis maiores são mais valorizados

A dinâmica de trabalho híbrido, decorrente das mudanças provocadas pela pandemia, influenciou a valorização de imóveis maiores.

As modalidades de trabalho remoto e híbrido levaram muitas pessoas a buscarem espaços mais amplos para trabalhar, mesmo após o término da pandemia.

Apartamentos de três quartos, em particular, ganharam destaque na busca por moradias que atendam às novas necessidades de quem trabalha de casa.

Embora os imóveis de três quartos estejam se valorizando, o estudo do QuintoAndar revela que ainda possuem um custo por metro quadrado mais baixo em comparação às unidades de um ou dois dormitórios.

Em São Paulo, por exemplo, um apartamento de três dormitórios tem um preço médio de R$ 48,49 por metro quadrado, enquanto os de um quarto chegam a R$ 67,07.

A localização desses imóveis menores em áreas nobres das cidades pode explicar parte dessa disparidade de preços.