Estudo da USP indica que chá de Ayahuasca pode curar doenças; pesquisadores procuram voluntários

Estudos medicinais estão sendo feitos constantemente, um dos mais recentes é a pesquisa dos pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP. Juntos, eles estão estudando como o chá de Ayahuasca pode ter efeitos positivos no tratamento de problemas de saúde.

Ayahuasca é uma planta cujo chá causa efeitos alucinógenos em quem o consome. Além de possuir esse nome mais usual, ela também é conhecido como chá de “Santo Daime” em algumas regiões. A palavra “Ayahuasca”, inclusive, tem origem indígena e significa “vinho dos mortos”.

Para obter o chá , é necessário fazer a infusão de duas plantas naturais da Amazônia: o arbusto-chacrona e o cipó-jagube. Muitos cultos religiosos utilizam do chá, pois este provoca reações alucinógenas, dessa forma, muitos acreditam que podem se encontrar com Deus.

O ato é permitido por lei desde que cumpra alguns requisitos importantes, já que o mau uso do chá, assim como de qualquer medicamento, pode trazer efeitos colaterais sérios.

Ao estudarem o chá, os pesquisadores de Ribeirão Preto chegaram à conclusão de que se testado em pessoas com determinados problemas de saúde, os efeitos podem ser positivos e futuramente ser um medicamento específico para o combate dessas doenças.

Há alguns anos, já é especulado que a Ayahuasca pode curar doenças e combater a depressão e a ansiedade, por isso a iniciativa de procurar por voluntários para testar a eficácia do chá é tão bem-vinda.

Como participar das pesquisas?

Para confirmar suas suspeitas e o resultado de algumas pesquisas, os pesquisadores estão à procura de voluntários que queiram testar o chá como tratamento. Mas, para conseguir participar da pesquisa, é importante atender alguns requisitos.

Lembrando que, através de pesquisas como essas, muitos medicamentos, hoje fundamentais para alguns tratamentos, foram descobertos e são bem usados na medicina atualmente!

Veja os requisitos necessários para se voluntariar

Tratamento de alcoolismo: universitários com 18 anos ou mais, moradores de Ribeirão Preto, que abusam do álcool, com sérios problemas com isso. Para participar, você pode enviar um e-mail para: lucas.silvaa94@gmail.com.

Pacientes oncológicos: os voluntários precisam ter entre 18 a 65 anos, devem morar em Ribeirão Preto e/ou região e apresentar um diagnóstico de tumor sólido. Não devem estar realizando radioterapia ou quimioterapia e devem apresentar alguns sinais como depressão ou ansiedade. Para ser voluntário, é só entrar em contato com: renanmaekawa@gmail.com.

Tratamento de Transtorno Depressivo Maior (TDM): as pessoas devem estar em boas condições físicas de saúde, ter 18 anos ou mais e o diagnóstico de TDM, morar em Ribeirão Preto ou região e entrar em contato com: gionorossi@gmail.com.

Diagnósticos de Estresse Pós-traumático (TEPT): assim como os pacientes de TDM, é necessário ter boas condições físicas de saúde, ter 18 anos ou mais e morar em Ribeirão Preto ou na região. O e-mail para entrar em contato e participar é: lorenaterene@usp.br.

Taratamento com Ibogaína: um outro grupo de voluntários também será necessário apenas para tratar os efeitos da Ibogaína, substância de origem da raiz da Iboga em pessoas com transtorno por uso indevido de álcool.

Esses voluntários não podem ter diagnóstico de bipolaridade e problemas psicóticos, problemas renais, hepáticos ou cardíacos. A faixa etária para ser voluntário é de 18 até 65 anos. É necessário que os morem na região de Ribeirão Preto e enviem um e-mail para: mendesrjuliana@gmail.com.

A divulgação do comunicado foi publicada pelo jornal do campus da USP por meio de seu jornal próprio, por Vinicius Botelho.