Astrônomos estão intrigados com origem da estrela mais antiga da Via Láctea
A descoberta da estrela mais antiga em nossa galáxia é uma grande oportunidade para os cientistas descobrirem respostas sobre o que houve após o Big Bang.
A Via Láctea sempre está surpreendendo os astrônomos e, desta vez, o alvo de novas descobertas foi uma estrela muito antiga presente na galáxia. Não só a quantidade de tempo da existência dessa estrela é curiosa, mas sua origem também.
O Universo nos proporciona revelações admiráveis, pois a estrela da qual estamos falando é incrivelmente rara também. A composição dela envolve uma alta concentração de carbono e baixo teor de ferro.
Os astrônomos acreditam que a formação dessa estrela aconteceu por intermédio de materiais massivos do interior de outras estrelas, que juntos provocaram a explosão de Supernova durante a formação da Via Láctea.
A descoberta dessa formação química da estrela é muito importante para dar continuidade a pesquisas iniciadas uma década atrás, com o objetivo de entender mais a respeito da evolução do Universo após o Big Bang.
Sabe-se que estrelas como essa são antigas por terem um teor baixo de metal na composição que as envolve, por isso, assim como na terra os fósseis animais servem para nos levar ao passado, essas estrelas raras também levam os astrônomos ao início do Universo e à história do processo evolutivo.
Por que sua descoberta é tão significativa?
Essa estrela recebe a classificação SMSS 1605-1443 e o nome de Earendel. Além disso, ela não é apenas uma estrela antiga em nossa galáxia, é também um binário, e é isso que a faz ser extremamente rara entre todas as estrelas mais antigas que existem na galáxia.
Earendel já foi captada pelo telescópio James Webb e está localizada na constelação Cetus.
Sua localização estava a 12,9 bilhões de anos-luz da Terra, foi descoberta em 2018 e, segundo o professor da USP Élcio Abdalla, é valiosa para clarear os estudos científicos dos astrônomos. Veja o que ele disse abaixo:
“A observação desta estrela é importante, pois nos dá uma visão de como o Universo era há bilhões de anos atrás, nos permite conhecer melhor o nosso entorno, matérias e como as galáxias e o Universo estavam após o Big Bang e, consequentemente, nos dá uma visão do Universo desde nossa posição na Terra naquele momento.”
Daqui a alguns anos, essas descobertas serão contadas como a porta de entrada para outras ainda mais significativas e explicativas.