Alerta vermelho: 25% dos vegetais têm agrotóxicos acima do permitido, diz Anvisa

Descoberta preocupante: análise de 1,7 mil itens, de vários países, revela dados chocantes.

Na quarta-feira (6/12), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou resultados de uma análise referente à alta incidência de agrotóxicos em produtos vegetais comercializados no Brasil.

Em comparação com as amostragens do ano passado (2022), descobriu-se que 25% desses itens continham resíduos acima do permitido.

Como parte do Para (Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos), 1.700 amostras foram analisadas em laboratório, tendo sido coletadas em supermercados de todo o território nacional.

Entre os produtos adquiridos, estão legumes, frutas, hortaliças, aveia, café em pó e até mesmo insumos importados.

Para o órgão identificar um quarto dos alimentos totalmente fora dos padrões aceitáveis em relação à presença de defensivos agrícolas revela que são necessárias mais ações para controlar este nicho por parte das autoridades governamentais.

“A inconformidade é um sinal de erros no processo produtivo e na adoção de boas práticas agrícolas”, afirma a agência, em nota. Potencialmente, isso causa riscos à saúde humana.

É seguro consumir alimentos de mercados?

Produtor segurando uma bandeja de alimentos com agrotóxicos — Imagem: Reprodução

No relatório do ano anterior, a Anvisa apontou que 41,1% dos itens orgânicos vendidos nesses espaços não continham resíduos de agrotóxicos.

Em seguida, outros 33,9% possuíam traços desses elementos, mas dentro do limite estipulado por lei.

Em contrapartida, 25% dos produtos conferidos não atendiam aos requisitos padrões de segurança. Três amostras (0,17%) apresentavam grande risco para a saúde humana.

Em resumo, caso fossem consumidas em grande quantidade e em curto espaço de tempo, poderiam causar graves quadros de infecção no indivíduo.

“Os alimentos de origem vegetal consumidos pelos brasileiros são seguros quanto aos potenciais riscos de intoxicação aguda e crônica.”

Isso se deve ao fato de que “as situações de risco agudo encontradas foram pontuais e de origem conhecida”, conforme relatado pelos especialistas.

Para minimizar ao máximo a possibilidade de ingerir algo infectado ou estragado, é essencial fazer as compras em locais legalizados e que atendam a todos os requisitos estabelecidos pela vigilância sanitária.

Afinal, muitas vezes, o barato pode sair muito caro.

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