A verdade sobre os ovos: será que eles são saudáveis?
Muito já se discutiu na ciência a respeito do efeito dos ovos na saúde. Entenda o que esse novo estudo traz acerca do assunto!
É comum as pessoas se perguntarem se os ovos realmente são saudáveis, principalmente com as divergências de estudos científicos.
E, recentemente, o debate sobre os efeitos desse alimento na saúde ganhou um novo capítulo com um estudo focado em jovens adultos saudáveis.
Essa pesquisa, conduzida por Catherine J. Andersen, professora associada de ciências nutricionais, busca ampliar a compreensão do impacto dos ovos na saúde.
Para tal, vai além de estudos anteriores que se concentravam em doenças específicas ou populações com fatores de risco pré-existentes. Saiba mais sobre!
Os ovos são saudáveis?
O estudo, conforme reportado pelo Knowridge, dividiu os participantes em três grupos:
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um que não consumiu ovos;
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outro que ingeriu três claras de ovo diariamente;
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um terceiro que comeu três ovos inteiros por dia.
Tais participantes tiveram liberdade para preparar o alimento como desejassem.
Assim, os pesquisadores monitoraram diversos marcadores de saúde, como inflamação, níveis de colesterol e riscos associados à diabetes.
Entre os achados notáveis, destaca-se o aumento dos níveis de colina nos indivíduos que consumiram ovos inteiros, sem elevação significativa nos níveis de TMAO, um metabólito associado a doenças cardíacas.
Além disso, não foram observadas alterações negativas na inflamação ou nos níveis de colesterol.
Os participantes do grupo dos ovos inteiros apresentaram melhores marcadores relacionados ao risco de diabetes e uma dieta mais rica em nutrientes.
Imagem: Raquel Tinoco/Pexels.
A pesquisa também revelou diferenças intrigantes entre os subgrupos, particularmente entre as mulheres que tomavam ou não pílulas anticoncepcionais orais.
Aquelas que não usavam a pílula mostraram um aumento maior na proporção de colesterol total sobre o HDL e uma elevação nos monócitos sanguíneos, ambos considerados indicativos de risco para doenças cardíacas.
Tais descobertas sugerem que o consumo de ovos pode ter efeitos diferenciados com base em variáveis como sexo e uso de medicamentos.
O estudo abre caminho para pesquisas futuras, que deverão considerar fatores como idade, sexo, genética e microbioma, visando fornecer orientações nutricionais mais personalizadas e detalhadas sobre o consumo de ovos.