‘A Mulher Rei’: Viola Davis revida manifestações de boicote sobre seu filme
O filme foi lançado mundialmente no dia 17 de setembro, mas, antes mesmo de seu lançamento, a produção já foi bombardeada por críticas.
A atriz Viola Davis recentemente concedeu uma resposta para aqueles que se consideram críticos e que desejavam boicotar seu novo filme, o longa “The Woman King” (em português, “A Mulher Rei”).
E, de acordo com a manifestação realizada por Viola Davis, ela enfatizou que há uma relevância considerável no fato de que a história precisa possuir um pouco de ficção a fim de que o público seja atraído.
“A Mulher Rei” passou a estar disponível nas telonas dos cinemas desde o dia 17 de setembro. No entanto, já no momento que antecedeu sua estreia muitos protestos acabaram acontecendo nas redes sociais.
O filme, que pertence ao gênero épico histórico, tem como pano de fundo os anos de 1820, no Reino do Daomé, um reino africano que permaneceu até o século XIX, período que foi o auge do Triângulo Comercial do Atlântico.
Com o anúncio do lançamento da produção, surgiram várias críticas. Mas, como um modo de responder à ideia do boicote que pairava nas redes sociais, a atriz Viola Davis, junto de seu marido Julius Tennon, que também assumiu a posição de parceiro de produção, decidiu comentar um pouco sobre as reclamações.
Em uma entrevista à Variety, ela finalmente afirmou:
“Entramos na história onde o reino estava em fluxo, em uma encruzilhada. Eles estavam procurando encontrar uma maneira de manter sua civilização e reino vivos. Não foi até o final de 1800 que eles foram dizimados. A maior parte da história é ficcional. Tem que ser.”
Em complemento à fala de Viola Davis, Tenoon afirmou:
“Agora, somos o que chamamos de ‘edu-entretenimento’. É história, mas temos que tirar licença. Temos que entreter as pessoas. Se contássemos apenas uma lição de história, o que muito bem poderíamos ter, isso seria um documentário. Infelizmente, as pessoas não estariam nos cinemas fazendo a mesma coisa que vimos neste fim de semana… Se as pessoas quiserem aprender mais, podem investigar mais.”
A trama existente em “A Mulher Rei” aborda questões sobre o Agojie, isto é, uma espécie de grupo formado por mulheres guerreiras, as quais estavam inseridas nas forças armadas do Dahomey.
A personagem vivida por Viola Davis se chama Nanisca e possui como função principal ser a General das Agojie e de prepará-las para, se for necessário, entrar em uma guerra iminente com o reino rival de Oyo, além de lutarem contra os aliados portugueses deles.
A produção tem como diretora Gina Prince-Blythewood, juntamente com o roteiro desenvolvido por Dana Stevens, a qual teve inspiração a partir da história de “Maria Bello”, produção que tem como protagonistas John Boyega e Hero Fiennes Tiffin.
Quanto ao que o povo está escrevendo sobre o filme protagonizado por Viola Davis, isso diz respeito a uma ideia de que a produção não deu a atenção devida ao comércio dos africanos escravizados, assim como criticam o papel do Daomé na venda de escravizados para os europeus.