Conheça o quasicristal, espécie de ‘raio fossilizado’ encontrado nos EUA
Alguns meteoritos e asteroides possuem quasicristal. Veja mais informações!
Recentemente, nos Estados Unidos, no estado de Nebraska, foi encontrado um quasicristal dentro de um tubo “raio fossilizado”. Este cristal é do tipo raro, pois ele só foi encontrado, das últimas vezes, na composição de meteoritos e em lugares que faziam testes de bombas atômicas. Além disso, este cristal também pode ser criado em laboratório.
O quasicristal é composto por areia, onde os seus grãos são fundidos por meio de uma descarga elétrica. Este tipo raro de cristal foi encontrado pelo geocientista da Universidade de Florença, na Itália, Luca Bindi. A primeira vez que um quasicristal foi encontrado foi em 1982, sendo uma descoberta “atual”, até então. Saiba mais informações sobre este cristal.
Saiba tudo sobre o quasicristal encontrado nos EUA
Por conta deste cristal raro, o cientista Daniel Shechtman, em 2011, acabou por receber o Prêmio Nobel de Química. Antes de o quasicristal ser encontrado, os cientistas acreditavam que apenas os cristais possuíam características de organização. Porém, o quasicristal também possui esta característica, apesar de não seguirem padrões.
Outra característica parecida é que tanto o cristal quanto o quasicristal possuem um alinhamento simétrico. Tanto é que este último quasicristal, encontrado no estado da Nebraska, possui 12 lados e 12 ângulos. Esta característica acaba por deixar esta descoberta ainda mais rara do que já é, em relação a outros quasicristais.
Em parceria com o físico Paul Steinhardt, Bindi começou a procurar por novos quasicristais. Além disto, eles perceberam que, com uma maior temperatura e pressão em corpos rochosos, é possível criar quasicristais em laboratório. O fulgurito foi outro material que também começou a fazer parte da composição do quasicristal.
“Isso demonstra que as condições transitórias de pressão e temperatura extremas são adequadas para a síntese de quasicristais”, disse Lucas Bindi.
De acordo com o cientista, é possível encontrar quasicristais em outros lugares como vidros de impacto, e até mesmo em partes da Lua atingidas por asteroides. Por conta de Bindi e Steinhardt, é possível afirmar que estamos mais perto na busca por quasicristais naturais.