A origem das animações é muito mais antiga do que pensamos
Arqueólogos descobrem na França que pintura em cavernas pode, na verdade, tratar-se da mais antiga representação de animação da história.
A capacidade de animar um desenho foi algo revolucionário para a humanidade, pois o que antes era visto somente por meio de imagens estáticas, agora, possui um movimento.
O primeiro desenho animado exibido no mundo foi o “Fantasmagorie”, de “Émile Cohl”, ou ao menos era isso que pensávamos. Descobertas recentes de arqueólogos apontam para a existência de animação durante a antiguidade, entretanto, obviamente, não são animações como as modernas cheias de movimento e fluidez.
Pinturas descobertas nas paredes de cavernas apontam, segundo os cientistas, para a tentativa de uma forma de animação, visto que as imagens representadas apresentam um formato sequencial, indicando a tentativa de dar movimento ao que estava sendo representado.
Animação pré-histórica
Curiosamente, as gravuras que estão gerando debate entre os arqueólogos é localizada em uma caverna na França, onde foi exibida a primeira animação da história moderna, conforme dito anteriormente.
O desenho está localizado especificamente na “Chauvet Cave”, essa caverna é conhecida mundialmente por conter as pinturas mais preservadas já encontradas. A pintura que chama atenção atualmente é a “The Grand Panneau of the Salle du Fond”.
Com a finalidade de compreender se a pintura tratava-se de fato de uma animação, os estudiosos utilizaram de um software para a modelagem 3D da pintura, pois, segundo eles, essa pintura possui uma representação animada que poderia ser vista a partir da luz do fogo.
Segundo os arqueólogos responsáveis pela pesquisa na França, as pinturas sugerem também uma forma de animação conhecida pela sobreposição de imagens. Assim sendo, o bisão retratado na gravura da parede com oito patas, na verdade, trata-se do mesmo bisão, de quatro patas desenhado duas vezes uma sobre a outra.
Outras expressões de animação
Saindo da França, outra forma de animação também foi encontrada, só que dessa vez não estava retratada na parede, mas sim em um vaso. O objeto encontrado em “Shahr-e Sukhteh” ficou muito famoso por apresentar uma animação apresentada ao girar o vaso.
Nela uma cabra com longos chifres é vista saltando para alcançar a folhagem de uma árvore. Contudo, o vaso não é tão antigo quanto a pintura na parede da caverna francesa, afinal, trata-se de um objeto de quando a cerâmica já havia sido dominada.
É interessante compreender como o ser humano desde muito antigamente já buscava formas de representar o que presenciava diariamente, além disso, também tentava demonstrar como funcionava o seu movimento.