Artista brasileira denuncia plágio em ‘1899’, série da Netflix
Mary Cagnin disponibilizou recentemente, via Twitter, algumas informações que podem comprovar a existência de plágio na produção da Netflix.
Há poucos dias, a plataforma de streaming Netfix disponibilizou em seu catálogo uma nova produção, criada pelos mesmos desenvolvedores da série “Dark”, que tem como título “1899”. Contudo, a Netflix foi acusada, por Mary Cagnin, uma quadrinista brasileira, de ter cometido plágio na obra em questão.
Os responsáveis por desenvolver a nova obra da Netflix são Jantje Frise e Baran bo Odar foram, mas, em razão de muitas semelhanças encontradas na série “1899”, vemos que há uma possibilidade de a história ter sido de fato adaptada.
Além disso, houve diversas comparações de imagens entre a história da série com a narrativa da HQ. A história que foi plagiada, de acordo com Cagnin, se chama “Black Silence“, a qual ela lançou no ano de 2016. E para não ficar somente em suas palavras, Cagnin compartilhou algumas imagens com o objetivo de permitir a comparação entre as produções.
Ao que tudo indica, elas parecem, sim, ser muito semelhantes. Veja abaixo otweet feito por Cagnin em seu perfil:
ESTOU EM CHOQUE.
O dia que descobri que a série 1899 é simplesmente IDÊNTICO ao meu quadrinho Black Silence, publicado em 2016.
Segue o fio. pic.twitter.com/1deBicrBeQ
— Just Mary (@marycagnin) November 20, 2022
Cagnin continua:
“Está tudo lá: a pirâmide negra. As mortes dentro do navio/nave. A tripulação multinacional. As coisas aparentemente estranhas e sem explicação. Os símbolos nos olhos e quando eles aparecem. As escritas em códigos. As vozes chamando por eles. Detalhes sutis da trama, como dramas pessoais dos personagens, incluindo as mortes misteriosas.”
“Tive a oportunidade que muitos quadrinistas nunca tiveram: de poder mostrar meu trabalho para o público internacional. Gente, eu dei palestras, falei sobre o plot, apresentei para pessoas influentes da área. O negócio é sério. Obviamente, ‘Black Silence’ é uma obra curta, quase um conto. É muito fácil, em 12h de projeção da série, diluir todas essas ‘referências’, mas a essência do que eu criei está lá.”, afirmou.
A cartunista ainda solicitou aos assinantes da plataforma que a ajudassem a encontrar mais informações semelhantes dentro da série com a sua história e para conseguir ainda mais atenção.
Ela ainda complementou afirmando que:
“a gente não pode achar que só porque somos brasileiros devemos aceitar esse tipo de menosprezo e indiferença. Temos inúmeros casos de gringos copiando a gente, em filmes, séries e músicas. Como o caso do filme ‘As aventuras de Pi’, que foi copiado de um livro brasileiro”, conclui.
Até o momento, a Netflix ainda não compartilhou nenhum comentário a respeito de tamanha acusação. Contudo, acredita-se que nos próximos dias a notícia passará a receber mais atenção, dada a sua repercussão até o momento.