NASA e Nissan desenvolvem bateria de carro que carrega em 15 minutos
A produção da bateria está sendo baseada em um banco de dados, onde está sendo testado vários materiais para verificar qual seria o ideal
A montadora Nissan do Japão juntamente com a NASA (agência espacial dos Estados Unidos) prometem utilizar uma tecnologia inovadora no carregamento de carros elétricos no mundo.
Leia mais: Fiat começará a vender somente carros elétricos e híbridos no Reino Unido
De acordo com a reportagem da CBS, a proposta se baseia em uma abordagem computacional para explorar uma tecnologia que não necessite de metais raros ou caros.
A bateria de estado sólido vem com a proposta de substituir as atuais, constituídas de íons de lítio, em uma versão mais leve, segura e com a capacidade de completar a carga total em apenas 15 minutos, diferente das atuais que levam até algumas horas.
Com a possibilidade de abandonar o uso de metais, que são raros ou muito caros, a NASA e Nissan juntamente com a Universidade da Califórnia, em San Diego, nos Estados Unidos, estão utilizando um banco de dados, testando várias combinações de materiais para ver qual tem um resultado mais favorável.
A projeção é que a bateria comece a ser desenvolvida em 2024 e que, em 2028, já esteja rodando o primeiro carro elétrico com a nova tecnologia.
Segundo o vice-presidente corporativo da Nissan, Kazuhiro Doi, “Tanto a NASA quanto a Nissan precisam do mesmo tipo de bateria“.
Parceria NASA x Nissan
E para quem acha que a parceria entre a agência espacial americana e a montadora japonesa se resume somente em veículos terrestres, está equivocado. A Nissan, juntamente com as empresas Teledyne Brown Engineering e a Sierra Space, estará produzindo um veículo lunar para a NASA, com o objetivo de locomover astronautas na superfície da lua, durante o programa Artemis.
Batizado de Lunar Terrain Vehicle, (LTV), ele é um rover não fechado, onde os astronautas podem dirigir na lua usando seus trajes espaciais. A gigante japonesa pretende descobrir oportunidades na área de autonomia e teleoperações, além de sistemas de gerenciamento de energia, conectando veículos e associando homem-máquina para os próximos rovers lunares.
No decorrer do processo, a empresa tem a expectativa de aproveitar essas mesmas tecnologias em veículos terrestres.
“A participação neste projeto permite a extensão das capacidades de tecnologia e design de nossa indústria para a tecnologia espacial e vice-versa”, declarou Maarten Sierhuis, diretor global do Alliance Innovation Laboratory, da Nissan.