Carro usado: qual a quilometragem ideal para não errar na compra?
A quilometragem diz muito sobre um carro usado. Veja o que é aceitável e o que pode indicar problemas ocultos.
Comprar um carro usado pode ser uma excelente oportunidade para economizar, mas também exige atenção a diversos detalhes. Entre os fatores que mais impactam a decisão de compra estão o estado de conservação, o histórico de manutenção e, claro, a quilometragem do veículo.
Embora muitos compradores foquem apenas no preço, a quilometragem é um indicador fundamental para avaliar o desgaste do carro.
Afinal, ela revela não apenas o quanto o veículo foi utilizado, mas também o impacto desse uso na sua durabilidade.
Quilometragem ideal para comprar carro usado

Para carros com até um ano de uso, a quilometragem ideal gira entre 15.000 e 27.000 km. Acima disso, é sinal de que o veículo foi usado de forma mais intensa, o que pode acelerar o desgaste de peças essenciais. Por outro lado, um número muito baixo também pode indicar longos períodos de inatividade, o que não é necessariamente positivo.
Já veículos com cinco anos de estrada costumam apresentar quilometragens entre 75.000 e 135.000 km. Nessa faixa, o importante é conferir se as revisões foram feitas regularmente, especialmente em itens como suspensão, freios e sistema de arrefecimento, que costumam demandar mais atenção.
Quando o carro atinge dez anos, o esperado é uma quilometragem entre 150.000 e 270.000 km. Modelos nesse estágio geralmente já passaram por manutenções mais complexas, como a troca da correia dentada, o que pode ser um bom sinal se feita corretamente — e um alerta se negligenciada.
Para veículos com 15 a 20 anos de uso, encontrar carros entre 225.000 e 540.000 km não é raro. Nesses casos, o estado de conservação é mais relevante do que o número em si. Um carro bem cuidado pode oferecer mais segurança e durabilidade do que outro mais novo, mas negligenciado.
Riscos ao comprar carros usados na internet
Comprar carros usados pela internet pode parecer prático, mas envolve riscos consideráveis. Anúncios enganosos, fraudes em documentos e veículos com histórico de sinistros são algumas das armadilhas que podem passar despercebidas em negociações virtuais.
Além disso, fotos e descrições podem não revelar problemas estruturais ou mecânicos. Por isso, é fundamental agendar uma visita para ver o carro pessoalmente, realizar um test drive e, se possível, levar um mecânico de confiança para uma avaliação mais detalhada.
Outro cuidado importante é verificar a procedência do veículo. Consultar o histórico em órgãos de trânsito, checar se há multas pendentes e confirmar se a documentação está em dia são passos essenciais para evitar surpresas desagradáveis.
Por fim, desconfie de ofertas com preços muito abaixo do mercado. Carros baratos demais podem esconder problemas sérios, que acabam gerando um custo alto a longo prazo. Segurança e transparência devem ser prioridades em qualquer negociação.