Pausa no audiovisual! Beyoncé revela por que parou de lançar videoclipes

Estrela explica por que deixou de lançar videoclipes, destacando sua nova fase focada na música pura.

Beyoncé deixou os fãs se perguntando ao não lançar videoclipes para seus dois últimos álbuns, Renaissance e Cowboy Carter. Quem lembra dos icônicos clipes de “Crazy In Love” e “Hold Up” sabe que ela elevou o nível com seus visuais marcantes.

Mas, após anos dominando as telas com suas produções, a cantora revelou em uma entrevista rara para a revista GQ o motivo dessa decisão. Para ela, a era da imagem precisava dar lugar à música em sua forma mais pura: a voz.

Por que Beyoncé não lança mais videoclipes?

Ela explicou que sua escolha está ligada à necessidade de permitir que as pessoas se conectem diretamente com a música, sem distrações visuais.

Seus álbuns recentes têm uma profundidade histórica, e Beyoncé acredita que as canções deveriam se sustentar sozinhas. Por isso, preferiu que o mundo mergulhasse na sonoridade sem a interferência de videoclipes grandiosos.

Com esse movimento, ela conseguiu algo que poucos fazem hoje em dia: apostar na simplicidade e na imersão auditiva.

Beyoncé, durante sua passagem surpresa pelo Brasil (Foto: Reprodução/Instagram)

Cantora não quer que o visual ofusque a música

Beyoncé deixou claro que a era do videoclipe, pelo menos para ela, precisou dar um tempo. Segundo a artista, a saturação de imagens no mundo moderno fez com que ela buscasse uma nova abordagem para seus últimos projetos.

“Achei que era importante focar na música e deixar a voz brilhar sozinha”, disse a cantora na entrevista à GQ.

Além disso, ela revelou que os gêneros musicais explorados em seus últimos trabalhos, como Renaissance, têm raízes profundas na história da música negra e precisam ser ouvidos com atenção.

Nesse sentido, a riqueza instrumental e a narrativa cultural exigem uma atenção completa, e Beyoncé acredita que, sem o acompanhamento de videoclipes, esse processo se torna mais autêntico.

A turnê e os fãs substituem os clipes

Outro ponto levantado por Beyoncé é o impacto da sua última turnê. Segundo ela, os fãs se tornaram a “imagem” do álbum Renaissance.

Nos shows, a energia do público é que deu vida às músicas de uma forma que nem os melhores videoclipes poderiam alcançar.

A cantora explicou que, após um período assustador como a pandemia, a conexão ao vivo com as pessoas foi muito mais importante do que qualquer gravação para YouTube ou plataformas de streaming.

Essa escolha é um reflexo da nova fase que Beyoncé abraça. Ela valoriza mais a experiência ao vivo, onde cada performance se torna única e cada fã pode se sentir parte da narrativa.

História e a profundidade musical

Os últimos álbuns de Beyoncé não são apenas coleções de hits dançantes, mas também documentos que celebram e recontextualizam a contribuição de músicos negros para a música popular.

Nesse contexto, ela frisou que a profundidade desses trabalhos exige tempo e dedicação do público para que as camadas de significado sejam completamente absorvidas. Videoclipes poderiam, segundo a cantora, tirar parte dessa imersão.

Além disso, Beyoncé também comentou que a riqueza de influências presentes nesses álbuns, como house, disco e country, não podem ser digeridas de maneira rápida ou superficial.

As músicas precisam de espaço para respirar e serem apreciadas por sua essência, sem a interferência de elementos visuais que poderiam acabar desviando o foco do ouvinte.

Crítica à indústria e foco na família

Outro ponto interessante da entrevista foi a relação de Beyoncé com a fama e a privacidade. A estrela explicou que fez um esforço consciente para proteger sua família da exposição midiática.

Para ela, manter uma vida pessoal longe dos holofotes vale muito mais do que qualquer sucesso profissional. Beyoncé revelou que essa escolha tem sido crucial para garantir a paz e o equilíbrio em sua vida.

Ademais, a entrevista foi publicada logo após a polêmica de Cowboy Carter ter sido ignorado pelo Country Music Awards, mesmo após o álbum alcançar feitos inéditos para uma artista negra.

Beyoncé preferiu não se aprofundar no tema, mas seu pai, Matthew Knowles, não deixou passar em branco e criticou duramente a indústria country por essa falha.

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