Ressurreição de mamutes: startup pretende proteger o Ártico com missão audaciosa
Esta startup desafia o impossível ao planejar trazer mamutes de volta à vida e proteger o Ártico da crise climática.
Uma startup teve uma visão audaciosa que está tomando forma: a ressurreição dos mamutes para preservar o Ártico.
Longe de ser apenas uma fantasia de ficção científica, o projeto ousado é impulsionado por avanços na engenharia genética e a determinação de cientistas em enfrentar os desafios ambientais.
Rumo à era dos mamutes
A Colossal Biosciences planeja ressuscitar os mamutes utilizando engenharia genética. O DNA dos elefantes asiáticos, com 99,6% de similaridade genética com os mamutes, é a chave para isso.
Os cientistas estão identificando os genes dos elefantes associados aos traços distintivos dos mamutes, como a tolerância ao frio e as presas curvas.
Recentemente, os pesquisadores da Colossal Biosciences fizeram um progresso significativo na criação de células-tronco embrionárias semelhantes às dos mamutes. Esse avanço é um passo importante rumo à ressurreição dessas criaturas antigas.
Eriona Hysolli, chefe de Ciências Biológicas da empresa, revelou em uma entrevista ao Live Science o progresso na criação dessas células-tronco pluripotentes induzidas, ao destacar a capacidade de derivá-las sinteticamente.
A reintrodução dos mamutes no Ártico tem implicações profundas para o ecossistema da região e para a luta contra a crise climática.
Os criadores da Colossal Biosciences acreditam que a presença dos mamutes na região ártica pode ajudar a preservar o permafrost (camada permanente de gelo), reduzindo o ritmo de derretimento do gelo e mitigando os efeitos do aquecimento global.
Além disso, a restauração dos mamutes poderia contribuir para a preservação dos elefantes asiáticos, uma espécie ameaçada de extinção.
Como eram os mamutes?
Recriação dos mamutes pode salvar o Ártico – Imagem: Science Photo Library/Canva Pro/Reprodução
Se você assistiu ao filme ‘A Era do Gelo’, com certeza já viu um. Mamutes eram criaturas impressionantes que habitaram a Terra na era do Pleistoceno, entre cerca de 2,6 milhões e 10 mil anos atrás.
Eles eram membros da família Elephantidae, que também inclui os elefantes modernos e outros parentes extintos.
Uma das características mais distintas dos mamutes eram suas longas presas curvas. Tais presas eram geralmente mais longas e curvas do que as dos elefantes modernos.
Os mamutes eram adaptados para viver em climas frios, e sua pele estava coberta por uma densa camada de pelos, que os protegia do frio intenso.
Suas orelhas eram relativamente pequenas em comparação com as dos elefantes africanos, o que ajudava a minimizar a perda de calor. Além disso, tinham uma camada de gordura sob a pele para isolamento adicional.
Os mamutes eram herbívoros e se alimentavam principalmente de gramíneas, ervas, arbustos e árvores.