Explorações revelam Templos Gêmeos ligados a Hércules e Alexandre, o Grande
Arqueólogos desenterram vestígios fascinantes na antiga cidade de Girsu, no Iraque.
Em uma emocionante descoberta arqueológica, pesquisadores revelaram a presença de dois templos interligados na antiga megacidade de Girsu, localizada no que é hoje o sudeste do Iraque.
A cidade, conhecida na antiguidade como Tello, revelou segredos enterrados sob camadas de história, sendo um dos templos associado a Hércules e Alexandre, o Grande.
Conexões intrigantes da mitologia com a história
Os arqueólogos do Museu Britânico, envolvidos no Projeto Girsu, conduziram escavações profundas, desvendando o templo mais recente datado do século IV a.C.
O lugar helenístico revelou um intrigante tijolo queimado, adornado com inscrições em aramaico e grego.
A inscrição menciona o “doador de dois irmãos”, levantando especulações sobre uma possível conexão com o rei macedônio, Alexandre, o Grande.
Ele foi responsável por conquistar e moldar vastas porções do mundo conhecido até então durante seu reinado entre 336 a.C. e 323 a.C.
Um tijolo contendo inscrições em homenagem ao deus Zeus – Imagem: Girsu Project/Reprodução
Sebastien Rey, arqueólogo e curador da Antiga Mesopotâmia do Museu Britânico, compartilhou que o templo mais antigo, dedicado ao deus herói Ningirsu, foi descoberto no mesmo local da construção.
Essa sobreposição intencional revela a importância histórica do lugar para os habitantes da Babilônia no século IV a.C., indicando um profundo conhecimento e respeito pela própria história.
A descoberta inclui um dracma de prata grego, enterrado sob um altar, e um tijolo inscrito mencionando “Adadnadinakhe”, traduzido como “Adad, o doador de irmãos”.
Este nome possui conotações simbólicas e arcaicas, escolhido como título cerimonial. A inscrição serve como homenagem a Zeus, o deus grego do céu.
Já a moeda associada apresenta Hércules e Zeus, este último reconhecendo Alexandre como seu filho por meio do oráculo de Amon.
A possível associação de Alexandre ao templo levanta a intrigante hipótese de que o líder macedônio pode ter desempenhado um papel ativo na restauração do templo ou até ter sido homenageado ali após sua morte.
A descoberta proporciona uma visão fascinante da interseção entre culturas na antiga Girsu, onde a história suméria, helenística e macedônica se entrelaçam em uma narrativa única.
À medida que mais artefatos são revelados, o passado dessa cidade continua a surpreender e enriquecer nossa compreensão da complexa tapeçaria da história humana.