2024 será o ano com maior número de eleitores ao redor do mundo; veja por quê

Um marco histórico se aproxima em 2024, quando mais de 2 bilhões de cidadãos participarão de eleições gerais e municipais, segundo dados do Centro para o Progresso Americano.

Com oito dos dez países mais populosos realizando seus pleitos, esse ano se torna um divisor de águas na participação política global.

Abrangência global

Desde Bangladesh ao Brasil, da Índia aos Estados Unidos, uma série de países se prepara para um processo eleitoral de grandes proporções.

A União Europeia, com seus 27 membros, escolherá novos representantes para o Parlamento Europeu em junho, refletindo a expressiva participação democrática em âmbito continental.

Gráfico com os países em situações de eleições neste ano – Imagem: Economist Intelligent Unit, ONU/Reprodução

Considerando os cerca de 80 países que planejam eleições, mais da metade da população mundial será envolvida, indicando um engajamento político sem precedentes, conforme o think tank (‘grupo de reflexão’) Council on Foreign Relations.

Eleições-chave ao redor do mundo

• Estados Unidos: com eleições presidenciais, a corrida entre Joe Biden e Donald Trump desperta interesse mundial, delineando o futuro das políticas externas e o papel dos EUA em questões críticas, como Ucrânia e Oriente Médio.

• Rússia: mesmo com a aparente vitória de Vladimir Putin, a exclusão de opositores e a restrição da mídia levantam questionamentos sobre a legitimidade do processo e seu impacto no contexto global.

• Brasil: as eleições municipais, embora não sejam gerais, podem refletir a polarização persistente do país, com nuances locais que evidenciam dinâmicas políticas específicas.

• Reino Unido: Rishi Sunak enfrentará um desafio considerável após a perda de apoio ao Partido Conservador, impactando a estabilidade política e econômica do país.

• Taiwan: a transição presidencial na ilha, historicamente disputada por China e Estados Unidos, influenciará diretamente as relações geopolíticas entre as potências.

• Índia: as eleições em abril envolvem o país mais populoso do mundo, onde Narendra Modi busca um terceiro mandato em um contexto de debates acalorados sobre suas políticas.

• África do Sul: o ANC enfrenta uma oposição desafiadora, com novas leis eleitorais que podem mudar o cenário político, impactando a estabilidade após décadas de domínio.

• México: com a provável eleição da primeira presidente mulher, o país encara desafios como crime e violência, contrastando com conquistas econômicas recentes.

• Venezuela: em meio a acordos e desqualificações, as eleições geram incertezas sobre o futuro político em um país imerso em instabilidade.

Impacto global e desafios

Embora algumas eleições enfrentem obstáculos à transparência e à legitimidade, o impacto desses processos na política mundial não pode ser subestimado.

Dos desafios de democracias consolidadas aos embates por soberania em regiões contestadas, as eleições de 2024 moldarão o futuro geopolítico e socioeconômico em escala global.