5 CHOCANTES finais alternativos dos clássicos da Disney

A Disney é conhecida por dar finais felizes às suas histórias, o que geralmente resulta em diferenças significativas em relação aos materiais originais, nos quais os filmes do estúdio foram inspirados.

Vários longas da produtora são adaptações de contos de fadas e histórias folclóricas populares de autores como os Irmãos Grimm e Hans Christian Andersen.

Embora o estúdio se esforce para manter a fidelidade às fontes originais, às vezes é preciso fazer alterações para garantir o clássico final feliz digno de Disney em suas obras.

O Walt Disney Studios reconhece que grande parte delas é destinada a um público jovem e infantil. Por isso, é essencial garantir que sejam divertidas e não terrivelmente assustadoras para as crianças.

Com essa preocupação em mente, a Disney teve de omitir e modificar diversos aspectos de muitas histórias famosas para criar filmes tão aclamados pela crítica.

Confira abaixo 5 longas da Disney que tiveram que ter seu final alterado.

Desfechos alternativos que poderiam ter mudado completamente as histórias que amamos – Foto: Reprodução

1. ‘Branca de Neve e os Sete Anões’ (1937)

O lançamento do filme ‘Branca de Neve e os Sete Anões’ em 1937 marcou o início do sucesso de Walt Disney. Foi a primeira vez que a empresa adaptou um conto de fadas para um filme de animação, e, mesmo assim, a produção logo foi considerada uma das melhores já produzidas.

Baseado no conto de fadas alemão dos Irmãos Grimm com o mesmo nome, a Disney teve o cuidado de tornar a história adequada para crianças, ao evitar que fosse muito assustadora.

A maior alteração feita em comparação ao conto de fadas original foi a eliminação da Rainha Má. No conto dos Irmãos Grimm, ela é punida de forma muito mais severa por seus crimes.

Após o casamento de Branca de Neve, a Rainha é condenada a usar sapatos de ferro em brasa e dançar até cair morta.

A morte da Rainha no filme, no qual ela cai de um penhasco, é consideravelmente mais ‘suave’ se comparada ao seu falecimento na versão de Grimm.

2. ‘Cinderela’ (1950)

‘Cinderela’ foi lançado em 1950 e é, até hoje, considerado o conto de fadas favorito de Walt Disney. O filme recebeu três indicações ao Oscar e ajudou a reverter a situação financeira do estúdio, que estava à beira da falência na época de seu lançamento.

Embora a animação tenha sido adaptada do conto de fadas de Charles Perrault, os Irmãos Grimm deram às meio-irmãs de Cinderela da sua versão uma punição severa pela crueldade delas.

Na história dos Irmãos Grimm, as meias-irmãs de Cinderela fizeram de tudo para serem escolhidas pelo príncipe. Por ordem da mãe, a madrasta da protagonista, elas cortaram os dedos dos próprios pés e calcanhares para tentar fazer o sapatinho de cristal servir, é claro que o plano não teve sucesso.

Mais tarde, as meias-irmãs são severamente punidas por sua maldade, elas são atacadas por pássaros que arrancam seus olhos e as deixam cegas. A Disney foi mais amena com as meias-irmãs de Cinderela, e suas histórias continuaram mais tarde nas sequências dos filmes.

3. ‘Bela Adormecida’ (1959)

‘A Bela Adormecida’ apresenta a Princesa Aurora amaldiçoada quando espeta o dedo e dorme por 100 anos até ser acordada pelo beijo do Príncipe Phillip.

Com quase uma década para sua conclusão, a obra tem sido considerada um dos melhores clássicos de animação da Disney.

A vilã principal, Malévola, tornou-se uma das personagens mais icônicas e um dos grandes vilões já criados pela Disney.

Embora vários escritores tenham produzido as próprias versões da história, uma delas se destaca por motivos trágicos e repugnantes.

Uma adaptação intitulada ‘Sol, Lua e Talia’, escrita por Giambattista Basile, apresenta a protagonista, Talia, que cai em um sono profundo depois que uma lasca de linho é cravada em seu dedo.

Abandonada em uma casa, ela é encontrada por um rei que a encontra adormecida. Em uma reviravolta perturbadora, o monarca a estupra enquanto ela dorme e imediatamente a esquece.

Talia acorda mais tarde e descobre que deu à luz dois filhos como resultado do ato. A Disney optou por omitir esse enredo em seu filme, em que a Bela Adormecida é simplesmente acordada com um beijo do Príncipe Encantado.

4. ‘O Corcunda de Notre Dame’ (1996)

A adaptação de ‘O Corcunda de Notre Dame’ pela Disney recebeu diversas críticas em seu lançamento inicial, devido aos seus temas mais sombrios e à sua fidelidade ao material original.

O filme retrata o deformado Quasímodo, que vive confinado na catedral de Notre Dame e anseia por explorar o mundo exterior.

Sua oportunidade surge quando ele conhece e se apaixona por Esmeralda, uma cigana, mas seu desejo é ameaçado por seu pai adotivo, o desalmado juiz Claude Frollo.

O filme é baseado no romance de Victor Hugo, publicado em 1831, que tem um desfecho muito mais trágico que a animação. No livro, Frollo executa Esmeralda por bruxaria após ela o rejeitar.

Revoltado, Quasímodo mata Frollo ao encontrar o corpo de Esmeralda no cemitério e morre de fome, quando a segura em seus braços.

Esse desfecho trágico não seria adequado para a adaptação da Disney, que tem um final mais feliz, com Quasímodo deixando a catedral e sendo aceito pela sociedade.

5. ‘Mulan’ (1998)

Mulan é considerada uma das maiores e mais corajosas princesas da Disney. Na animação de 1998, ela substitui seu pai doente no exército, ao se disfarçar de homem.

Rapidamente, ela se torna uma guerreira habilidosa e honra sua família ao salvar o Imperador. Baseado na lenda de Hua Mulan, o guerreiro teve um destino mais trágico em outras adaptações.

Na história ‘Romance de Sui e Tang’, de Chu Renhuo, Mulan passa muitos anos servindo no exército antes de retornar à sua terra natal.

Ao chegar, descobre que seu amado pai faleceu, sua mãe se casou novamente e ela é obrigada a servir ao Khan como concubina.

Mulan escolhe cometer suicídio em vez de aceitar esse destino. Considerando o final sombrio da história de Renhuo, é aceitável que a Disney tenha optado por dar ao feroz guerreiro um desfecho mais feliz ao lado de Shang.