BIZARRO: antigos tijolos revelam anomalia no campo magnético da Terra

Descobertos em inscrições antigas na Mesopotâmia, esses tijolos oferecem uma visão única de um fortalecimento magnético ancestral que intrigou cientistas e historiadores.

Uma revelação significativa sobre o campo magnético da Terra surgiu a partir de inscrições antigas em tijolos da Mesopotâmia, que enaltecem os reis da época.

Esses achados, detalhados em um artigo na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, revelam um fortalecimento magnético que se estendia por vastas regiões, especialmente próximo ao atual Iraque, há mais de três milênios.

Mistérios magnéticos desvendados

Ilustração do campo magnético da Terra – Imagem: Shutterstock/Mopic/Reprodução

O campo magnético terrestre é dinâmico, sujeito a mudanças ao longo do tempo e em diferentes regiões. Às vezes, áreas fracas surgem inexplicavelmente, enquanto outras exibem forças misteriosas.

Esse campo desempenha um papel crucial em nossa proteção contra a radiação espacial, na orientação de sistemas de navegação e até na migração de animais.

A descoberta dessas inscrições em tijolos antigos na Mesopotâmia trouxe uma nova perspectiva ao enigma. Os tijolos continham grãos de óxido de ferro que preservaram a direção e a força do campo magnético durante a fabricação.

A análise desses itens revelou que o campo magnético da região era quase o dobro há mais de mil anos, sobretudo durante o reinado de Nabucodonosor II, conhecido por suas construções monumentais.

A medição do magnetismo desses achados sugeriu flutuações rápidas e intensas no campo magnético em um curto período de 42 anos. Isso confirma que o campo geomagnético pode sofrer mudanças rápidas e intensas, um fenômeno que intriga os cientistas até hoje.

Apesar de representar um avanço na compreensão do campo magnético da Terra, o estudo deixa mistérios a serem desvendados. Ele auxiliou historiadores ao oferecerem detalhes sobre a sequência de reinados na região, o que corrobora linhas do tempo propostas.

Anomalias magnéticas não são exclusividade do passado. A Anomalia do Atlântico Sul, persistente até hoje, tem milhões de anos.

Cientistas têm rastreado mudanças através de cinzas de cabanas queimadas entre 800 e 500 anos atrás, uma abordagem semelhante ao método utilizado nesses tijolos da Mesopotâmia.

A investigação dos tijolos mesopotâmicos proporciona uma visão fascinante da história do campo magnético da Terra, assim oferecer insights valiosos não apenas para físicos, mas também para estudiosos da história antiga.

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