Jato de plasma solar atinge a Terra e causa tempestades geomagnéticas; entenda

O Sol disparou um jato de plasma em direção à Terra após uma erupção solar. Esse evento causou tempestades geomagnéticas de intensidade fraca

Imagem: Pixabay

Na última semana, uma ocorrência solar intrigante capturou a atenção da comunidade científica e dos entusiastas do espaço. O Sol, a nossa estrela-mãe, emitiu um jato de plasma em direção à Terra, desencadeando uma série de expectativas e observações por parte dos astrônomos e especialistas em clima espacial.

Tudo começou na quinta-feira (14/9), quando um filamento magnético que estava ligado às manchas solares AR3423 e AR3425 entrou em erupção.

Essa erupção resultou em um fenômeno conhecido como ejeção de massa coronal (CME), que é essencialmente um jato de plasma solar expelido da superfície do Sol em direção ao espaço. No caso, o jato de plasma era uma extensão do filamento magnético que se desprendeu e foi disparado em direção à Terra.

Essas ejeções de massa coronal, ou CME, são eventos relativamente comuns no ciclo solar, mas seu impacto na Terra depende de vários fatores, incluindo a velocidade e a intensidade do jato de plasma.

Nesse caso, a expectativa era de que a CME pudesse impactar a magnetosfera da Terra, causando tempestades geomagnéticas e possíveis interrupções nas comunicações e em sistemas de navegação por satélite.

No domingo seguinte, especificamente no último dia 17/9, o jato de plasma solar finalmente atingiu a Terra, cumprindo as previsões. No entanto, o impacto observado foi menos significativo do que se temia inicialmente.

As tempestades geomagnéticas causadas pela CME foram classificadas entre G1 (fraca) e G2 (moderada) na escala definida pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), que vai de G1 a G5. Felizmente, não houve relatos de danos substanciais decorrentes dessas tempestades geomagnéticas mais fracas.

Isso significa que não houve interrupções significativas nas redes de comunicação por rádio ou danos a satélites em órbita, que são preocupações comuns em eventos solares mais intensos.

No entanto, o fenômeno não passou despercebido pelos observadores de auroras, que tiveram a oportunidade de testemunhar belas exibições das famosas “luzes do norte”.

O que são as auroras boreais?

As auroras boreais são fenômenos visuais espetaculares que ocorrem nas regiões polares da Terra em resposta à interação das partículas carregadas do vento solar com a atmosfera terrestre.

Durante essas tempestades geomagnéticas, as auroras podem se tornar mais intensas e visíveis em latitudes mais baixas do que o habitual. O evento ressalta a importância da pesquisa e da observação contínua do Sol e das atividades solares.

Distúrbios solares mais intensos podem ter impactos significativos em sistemas de comunicação, como comunicações de rádio de alta frequência e GPS, além de causar danos a satélites em órbita.

Portanto, a capacidade de prever e monitorar esses eventos solares é crucial para mitigar seus efeitos potencialmente prejudiciais.

Além disso, o evento destaca a fascinante natureza do plasma solar. O plasma é o quarto estado da matéria, além dos estados sólido, líquido e gasoso. Ele consiste em partículas altamente energéticas que colidem constantemente umas com as outras.

Além disso, é um excelente condutor elétrico devido à presença de elétrons livres, o que o torna essencial para muitos processos no Sol e em outros objetos celestes.

Muitos plasmas emitem luz visível quando excitados, o que é observável em fenômenos como lâmpadas fluorescentes, lâmpadas de néon e, claro, nas próprias estrelas, que são essencialmente bolas gigantes de plasma.

O recente jato de plasma solar que atingiu a Terra proporcionou uma visão fascinante dos processos solares e suas interações com nosso planeta.

Embora suas consequências tenham sido limitadas dessa vez, eventos solares como esse continuam a nos lembrar da complexidade e da beleza do nosso Sistema Solar e do cosmos em geral.

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