Adeus às transferências manuais: Pix automático ganha data de lançamento
Banco Central divulgou quando a novidade será disponibilizada; confira.
Na quinta-feira (7), o Banco Central anunciou que o tão esperado Pix Automático deverá ser plenamente lançado no dia 28 de outubro do ano seguinte (2024).
Essa modalidade permitirá que os usuários façam agendamentos prévios para débitos dos quais já têm conhecimento, como, por exemplo, mensalidades.
Segundo o portal de notícias G1, essa funcionalidade será bastante útil para quitar débitos recorrentes, como faturas de água e energia, parcelamentos de empréstimos, consórcios e taxas de condomínio ou mesmo tributos, como IPTU e IPVA.
Na prática, esses pagamentos já podem ser realizados por meio de conta corrente, mas o Banco Central acredita que a nova ferramenta lançada irá atender melhor ao público e alcançar um número maior de brasileiros.
Como a novidade vai impactar a vida dos usuários?
Usuário utilizando Pix pelo celular – Imagem: Reprodução
O chefe do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro da autarquia, Ângelo Duarte, disse em entrevista ao G1 que as empresas precisam possuir convênios com organizações financeiras para, efetivamente, disponibilizar os pagamentos por débito automático.
Portanto, essa situação monopolizaria o acesso a este tipo de serviço, já que apenas uma parte da população teria acesso a tal ferramenta.
Dessa forma, ao introduzir o Pix Automático, a iniciativa privada não precisaria recorrer a contratos individuais com os bancos, bastaria fechar um acordo com a instituição que oferecesse a modalidade.
“Todos os usuários de todas as instituições do Pix estarão aptos a usar o Pix automático, o que abre possibilidade para que instituições pequenas entrem nesse mercado”, afirma Ângelo Duarte, chefe do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do BC.
Frequentemente, pessoas físicas não pagarão tarifas, ao passo que pessoas jurídicas poderão negociar livremente, sem interferência.
Assim, o serviço será ofertado da seguinte forma: os bancos serão obrigados a fornecer a funcionalidade para pessoas físicas, porém poderão selecionar as empresas a quem farão suas ofertas.
Sobre o uso desta novidade, sempre será a empresa que instruirá seus clientes sobre como utilizar o recurso. Enquanto isso, a pessoa física precisará decidir se deseja ou não fazer uso disso para quitar suas pendências financeiras.
Em outubro de 2024, outra versão do Pix, o agendamento recorrente, tornar-se-á obrigatória.
De acordo com o chefe da Gerência de Gestão e Operação do Pix, Carlos Eduardo Brandt, essa modalidade é semelhante a uma transferência e poderá ser utilizada entre pessoas físicas e empresas com CNPJs ativos.
