Novo golpe do Pix desvia seu dinheiro sem você perceber; saiba se proteger

O avanço da tecnologia trouxe inúmeras facilidades para nossas vidas, e o Pix é um exemplo disso. Essa inovação nas transferências bancárias proporcionou agilidade e comodidade, mas, ao mesmo tempo, também atraiu a atenção de criminosos.

Nos últimos tempos, um novo tipo de golpe financeiro foi identificado e tem tirado o sono de muitos brasileiros. Esse esquema é considerado uma “evolução” do famoso mão fantasma, que, de forma parecida, também assombrava os correntistas.

Agora, um vírus realiza fraudes bancárias diretamente nos celulares das vítimas de forma automática, tornando-se ainda mais preocupante.

De acordo com um levantamento da renomada empresa de cibersegurança Kaspersky, mais de 6,3 mil ataques desse tipo foram detectados apenas desde janeiro de 2023, o que o coloca como o segundo golpe mais bloqueado por empresas de segurança no país.

O modus operandi dos criminosos

Você deve estar se perguntando como esse golpe funciona. Para redirecionar transferências Pix para suas próprias contas, os criminosos precisam infectar o celular das vítimas com um vírus bancário. Um disfarce comumente usado é um aplicativo de jogos, que atrai as vítimas prometendo prêmios tentadores.

Uma vez que o aplicativo é instalado no dispositivo, o trojan bancário solicita permissão de acessibilidade – uma ferramenta que está presente em todos os celulares Android.

Para convencer a vítima a autorizar o acesso, o vírus exibe uma mensagem informando sobre a necessidade de uma “atualização” do aplicativo falso.

Imagem: Yandex/Olhar Digital/Reprodução

redirecionamento do Pix

O truque dos criminosos acontece quando uma transferência Pix está em andamento. Nesse momento, o vírus bloqueia a tela na etapa em que aparece “processando transferência”.

Enquanto a vítima espera pacientemente, o vírus age sorrateiramente, clicando em “voltar” e alterando o destinatário da transferência, muitas vezes também mudando o valor a ser transferido.

Essa substituição ocorre rapidamente e de forma automática. Quando a tela volta para a vítima digitar a senha, a troca já foi realizada com sucesso. Fabio Marenghi, analista da Kaspersky, esclarece que o golpe é tão sutil que as vítimas muitas vezes nem percebem o que aconteceu.

É importante destacar que esse golpe envolve principalmente transferências via Pix, que são instantâneas, mas o malware também pode realizar transferências entre contas da mesma instituição bancária ou utilizar outros métodos, como TED ou TEF.

Como se proteger do golpe do Pix?

Diante da gravidade dessa ameaça, é fundamental que todos estejam atentos para evitar serem vítimas do “Golpe do Pix”. Aqui estão algumas medidas de segurança que você pode adotar:

• Baixe apps apenas da loja oficial: evite instalar aplicativos de fontes desconhecidas, pois eles podem conter malwares.
• Nunca dê permissão de acessibilidade: se um aplicativo solicitar permissões suspeitas, recuse imediatamente.
• Habilite a autenticação de dois fatores: isso dificulta o acesso, por parte dos criminosos, à sua conta até em casos em que eles já tenham suas credenciais.
• Use uma solução de segurança: ter um antivírus confiável instalado em seu dispositivo pode detectar e bloquear malwares antes que eles causem danos.

O golpe do Pix é uma ameaça real e crescente, que já prejudicou milhares de brasileiros. A evolução dos métodos utilizados pelos criminosos torna ainda mais vital estar ciente dos perigos e das medidas de segurança a serem adotadas.