Peixes também morrem afogados e motivo é CHOCANTE; entenda por que isso ocorre
Um novo mistério emerge à medida que peixes enfrentam uma ameaça inesperada e mortal: o afogamento. Uma recente pesquisa revelou o perigo que diversas espécies aquáticas têm enfrentado.
Você sabia que a temperatura da água influencia sobrevivência de alguns peixes? Isso mesmo! Isso ocorre principalmente com aqueles que habitam os oceanos abertos.
A água desempenha um papel vital na vida dos peixes, fato que você já sabe. Acontece que, se a temperatura da água for significativamente elevada, os níveis de oxigênio no mar diminuem, o que pode levar à asfixia e morte desses animais.
Conforme as temperaturas dos oceanos se elevam, ocorre uma redução nos níveis de oxigênio dissolvido na água. Simultaneamente, o aumento de calor impulsiona a taxa metabólica dos peixes, demandando maior consumo de energia e oxigênio.
Sendo assim, na ausência de oxigênio, esses animais são forçados a desviar energia de funções como reprodução e crescimento, o que pode eventualmente resultar em sua morte.
Onda de calor e mudanças climáticas
A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos tem observado, desde abril deste ano, as temperaturas dos oceanos. Nas regiões costeiras da Flórida e do Texas, inúmeros peixes sem vida têm aparecido desde então.
Em agosto, durante um período de sete dias consecutivos, as temperaturas do Oceano Atlântico e do Golfo do México excederam os 31°C! Além das mortes causadas pela hipóxia, ou seja, a falta de oxigênio, as elevadas temperaturas também contribuem para o aumento da salinidade oceânica. Essa combinação se torna um desafio significativo para os peixes.
Enquanto os animais que habitam baías e estuários demonstram uma maior tolerância a tais condições, os peixes que residem nos oceanos abertos estão mais habituados a ambientes estáveis e, consequentemente, possuem uma menor capacidade de adaptação às alterações.
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Temperatura nos oceanos deve continuar aumentando se nada for feito
De acordo com informações coletadas em um estudo realizado em 2021, publicado na Geophysical Research Letters, cerca de 70% dos oceanos globais sofrerão perda de oxigênio devido às altas temperaturas até 2080.
Entretanto, segundo o pesquisador Martin Grosell, que é professor e presidente do Departamento de Biologia Marinha e Ecologia na Escola Rosenstiel de Ciências Marinhas, Atmosféricas e da Terra da Universidade de Miami, antecipar o impacto das atuais ondas de calor nos oceanos sobre a população global de peixes ainda é uma tarefa complexa.
Em um comunicado recente, o pesquisador disse:
“Provavelmente não é bom, mas tentar determinar o impacto de uma onda de calor marinha isolada, como a que estamos vivendo este verão, nas populações de peixes é difícil para nós determinarmos. O que é importante perceber é que estas ondas de calor marinhas estão ocorrendo com mais frequência e são de maior gravidade do que costumavam ser com outros estressores.”
Já foram registradas atividades de migração de peixes, que se movem de zonas mais quentes para aquelas mais frias e com níveis superiores de oxigênio.
Além do mais, especialistas em fisiologia de peixes preveem que, à medida que o aquecimento dos oceanos aumenta, é provável que ocorra uma diminuição no tamanho dos peixes.