'Barbie' pode ter sido o último grande lançamento do ano: greve deve adiar estreias para 2024

Ao decorrer da história da humanidade, diversas lutas por direitos trabalhistas foram travadas, iniciadas em razão da exploração da mão de obra estimulada pelo capitalismo. Recentemente, a indústria cinematográfica mostrou-se impactada pelas reivindicações de condições melhores de trabalho e remuneração justa.

A greve dos atores e roteiristas de Hollywood, que se segue há quase um mês, tem como pauta os desafios enfrentados pelos atuantes desses segmentos e está ameaçando o cenário da mídia e entretenimento, mesmo após o grande ápice do ano com a estreia de “Barbie” nos cinemas.

Mesmo com o sucesso de ‘Barbie’, futuro de Hollywood continua incerto

Foto: Warner Bros./Reprodução

O recente lançamento quebrou recordes de bilheteria e foi o maior momento para a indústria cinematográfica desde o início da pandemia por covid-19, quando se iniciou um processo de migração do público para os serviços de streaming.

Contudo, nem mesmo a popularidade do filme da boneca mais conhecida do mundo foi suficiente para segurar os efeitos da insatisfação generalizada dos atores e roteiristas com suas condições de trabalho, que resultou na greve e, consequentemente, em diversos impactos e adiamentos de filmes.

A decisão dos sindicatos de estender a paralisação até que as exigências sobre a remuneração, uso de inteligências artificiais e diversas outras questões sejam atendidas, preocupa os chefes de produtoras e donos de salas de cinema.

Adiamentos de filmes aguardados

Por conta do atual contexto, grandes empresas como a Sony Pictures e Warner Bros. Pictures foram forçadas a adiar as estreias de títulos que já estão prontos para o lançamento.

A Sony realizou alterações nas datas de lançamento dos filmes: “Gran Turismo: De Jogador a Corredor” (adiado de 11 de agosto para 25 de agosto), “Pobres criaturas” (adiado de setembro para dezembro) e até mesmo “Homem-Aranha: Além do Aranhaverso”, que saiu completamente dos planos de lançamento do estúdio.

Seguindo o exemplo, a Warner adiou filmes como “Aquaman 2” e “A Cor Púrpura”, que agora se encontram sem data prevista. Da mesma forma, “Duna: Parte Dois” e “Rivais”, ambos estrelados por Zendaya, foram adiados para o ano que vem, 2024.

Por outro lado, um espaço se abre para estúdios menores que apoiam as causas defendidas pelos sindicatos, como o A24, que está autorizado a continuar trabalhando.

Apesar das pressões, alguns empresários, como Greg Marcus, CEO da Marcus Theatres, continuam a lutar contra a paralisação e enxergam esperança nos sucessos de “Oppenheimer” e “Barbie“, mantendo a expectativa de que os trailers possam ser divulgados no início dos filmes.

Por enquanto, a greve continua, e muitos outros estúdios podem ser afetados futuramente.