'Barbie' pode não chegar a alguns países do Oriente Médio por conter 'conteúdo LGBTQIA+'
Censura e adiamento do filme se dá por conta da postura de países do Oriente Médio em relação à comunidade LGBTQIA+. Warner Bros. se nega a remover cenas.
A tão aguardada estreia do filme “Barbie“, dirigido por Greta Gerwig, pode estar ameaçada em 14 países do Oriente Médio devido a alegações de “conteúdos LGBTQIA+” presentes na narrativa e nos diálogos do longa-metragem.
Fontes da Variety relataram que a Vox Cinemas, tradicional parceira da Warner Bros. para a distribuição na região, adiou o lançamento em países como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Egito.
‘Barbie’ pode ser restringido em 14 países
Imagem: Warner Bros/Divulgação
Originalmente programada para chegar aos cinemas dessas nações em 19 de julho, um dia antes do lançamento mundial, a estreia de “Barbie” foi remarcada para o dia 30 de agosto. Essa alteração gerou questionamentos sobre os motivos e implicações dessa decisão.
Além disso, a popular plataforma de streaming da região, a Movsto, já se pronunciou, afirmando que não incluirá o filme em seu catálogo.
As dificuldades enfrentadas pelo lançamento do título no Oriente Médio têm origem em cortes e alterações solicitados pelos censores — funcionários encarregados da censura de determinadas obras — dos países em questão. Essas mudanças visam remover ou modificar cenas que, segundo eles, contêm representações e referências à comunidade LGBTQIA+.
Entretanto, de acordo com relatos, a Warner Bros não está disposta a realizar esses cortes, o que tem gerado controvérsias e debates sobre a liberdade artística e a diversidade na indústria cinematográfica.
A decisão de adiar e até banir o filme em alguns países do Oriente Médio levanta questões importantes sobre inclusão e representatividade na região. Enquanto em muitas nações ao redor do mundo a diversidade sexual e de gênero é cada vez mais abraçada e celebrada, em outros essa ainda é uma pauta proibida.
O conflito social derivado da homofobia na sociedade
Essa controvérsia em torno de “Barbie” destaca a necessidade de abordar questões de censura e liberdade artística em diferentes culturas e contextos.
A arte e o cinema conseguem refletir a diversidade da sociedade e criar narrativas inclusivas que ressoam com públicos diversos. No entanto, essa liberdade criativa muitas vezes entra em conflito com a intolerância em diferentes partes do mundo.
Enquanto alguns argumentam que a inclusão de personagens e temas LGBTQIA+ é um passo importante para promover a representatividade e a aceitação, outros acreditam que esses conteúdos podem bater de frente com as normas e valores tradicionais.
Essa tensão entre a busca por diversidade e a manutenção de crenças e tradições estabelecidas é um dilema enfrentado não apenas na indústria cinematográfica, mas em muitos âmbitos da sociedade.