Não eram 6: estudo aponta que estamos na 7ª extinção em massa
Recentemente, um estudo da Universidade da Califórnia comprovou uma 7ª extinção em massa, contrariando as certezas científicas que tínhamos até então; saiba mais.
A vida na Terra originou-se há bilhões de anos e se desenvolveu em uma escala de tempo geológico, isto é, durante milhões e milhões de anos.
Para atingir a biodiversidade existente hoje no planeta, foram necessárias diversas adaptações dos seres vivos, segundo a teoria proposta por Darwin. Porém, essa evolução já foi ameaçada diversas vezes, de acordo com o que estudos científicos demonstram.
Ao longo desse tempo, a vida foi posta sob grandes riscos de efeitos climáticos e naturais. Nesse contexto, estudos atestam que já houve cinco extinções em massa no planeta e que estaríamos vivendo a sexta.
Apesar de se acreditar nisso, parece que um novo estudo propõe uma visão diferente dessa contagem: isso porque, de acordo com os novos levantamentos, já estamos vivendo uma sétima extinção em massa. Entenda a seguir.
Estudo aponta que já estamos na 7ª extinção em massa
Foto: Stocktrek Images/Net Geo/Reprodução
Acreditava-se, até o momento, que vivíamos uma 6ª extinção em massa, com as mudanças nocivas na natureza causadas pela ação dos seres humanos.
Contudo, recentemente, cientistas da Universidade da Califórnia em Riverside (UCR) e da Virginia Tech concluíram, com base em suas pesquisas, que uma sexta extinção já ocorreu.
Eles se referem às evidências que comprovam uma perda de biodiversidade há 550 milhões de anos. Segundo o estudo publicado no “Proceedings of the National Academy of Sciences”, essa extinção teria ocorrido no período Ediacarano, com a morte de cerca de 80% da vida pluricelular.
Como pesquisadores descobriram essa extinção em massa?
Os pesquisadores se depararam com obstáculos desafiadores, como a conservação de fósseis, já que os seres da época tinham corpo de tecido mole, sendo difícil diferenciar este dos outros eventos posteriores.
Segundo a coautora do estudo, Rachel Surprenant, da UCR, sua equipe precisou reunir diversos bancos de dados para comprovar sua descoberta. A partir da análise do ambiente, hábitos de indivíduos, corpo e aspectos comportamentais dos ediacaranos, os cientistas conseguiram detectar essa extinção.
Chenyi Tu, paleocologista da UCR e coautor, explica:
“Registros geológicos mostram que os oceanos do mundo perderam uma grande quantidade de oxigênio durante esse período, e as poucas espécies que sobreviveram tinham corpos adaptados para ambientes com baixo teor de oxigênio.”
Qual foi a causa da 6ª extinção em massa, segundo os cientistas?
Os autores do estudo puderam aferir que a perda das espécies e sujeitos ocorreu devido à diminuição do oxigênio no planeta, que deixou o clima extremo. Eles apontam esses dados mediante a análise de relação entre o volume dos corpos das criaturas da época e área da superfície.
Isso significa que, na realidade, entraremos na sétima extinção em massa, e não na sexta, como se acreditava anteriormente. Embora pareça que a ciência é colocada à prova com estudos como este, a verdade é que ela funciona exatamente assim.
Por fim, novas descobertas podem surgir a qualquer momento e contestar as informações obtidas ou agregar novos conhecimentos. Portanto, a ciência não é imutável e contempla todo e qualquer dado concreto que possa surgir futuramente.