O que é e como funciona a custódia de criptomoedas?
Criptomoedas estão abrindo caminho para o processo de autocustódia. Entenda como funciona.
Quando o assunto é economia, os termos da área não facilitam a vida do usuário, não é mesmo? Rendimentos, estorno, instituição depositária, operador, custódia de criptomoedas… Nem parece que fomos alfabetizados, que português é esse!
Por isso, vamos simplificar um desses conceitos nesta matéria para que você possa lidar com suas finanças da forma mais vantajosa possível. Hoje vamos falar da custódia de criptomoedas.
Apesar dos altos e baixos (e quedas), parece que as criptomoedas vieram para ficar. Então, saber a linguagem dos processos envolvendo essa moeda digital é fundamental para garantir que a gente não vai escorregar e perder dinheiro – afinal, cada centavo é indispensável.
Mas, para entender sobre custódia, vamos fazer uma pequena viagem no tempo, onde as coisas eram mais simples.
O que é autocustódia do dinheiro?
Na época da nossa avó, existia o papel moeda. Vamos considerar o cruzado como um exemplo de papel moeda, mas poderia ser o real, também.
Voltando ao exemplo da nossa avó. Como o acesso aos bancos não era tão comum, ou até inviável para quem vivia na roça, era comum guardar o dinheiro embaixo do colchão. Já ouviu falar disso?
Bom, em termos financeiros, sua avó tinha autocustódia do próprio dinheiro. Ou seja, ela era a responsável (agente custodiante) por guardar e movimentar o próprio dinheiro no colchão (instituição depositária) de acordo com os interesses e necessidades dela (operadora).
Mas as coisas não são mais tão simples. Vamos agora pensar em como seria esse processo com as criptomoedas.
O que é a custódia de criptomoedas?
Só para reforçar a ideia, de acordo com o dicionário online Priberam, custódia significa “lugar onde se guarda alguém ou alguma coisa, com segurança”.
Agora, ao trazer esse termo para o mundo financeiro, isso significa “lugar onde bens e títulos são guardados com segurança, protegido de qualquer tipo de fraude ou roubo”.
No caso das criptomoedas, essa custódia pode ser realizada tanto por empresas quanto por pessoas. Tem sido muito comum os investidores contarem com carteiras de criptomoedas que conseguem operar de forma online e offline (desconectada da internet), o que garante uma segurança muito maior para contra hackers, por exemplo.
Então, a custódia de criptomoedas nada mais é do que o lugar ou o indivíduo responsável por guardar esses ativos financeiros (as criptomoedas) de forma segura para que eles não sejam roubados ou fraudados.
Como isso funciona?
Se você chegou até aqui, agora é a hora de entender como o processo de custódia de criptomoedas acontece na prática. Primeiramente, é necessário que existam duas pessoas no processo: uma pessoa que quer comprar criptomoedas e outra que quer vendê-las.
Essas duas pessoas negociam por meio de uma Exchange – plataforma onde é feita a compra e venda de ações. Quando a negociação é realizada e aceita pelas duas partes, o vendedor e o comprador autorizam o acordo e a criptomoeda é transferida de uma pessoa (ou parte) para outra.
Nessa dinâmica, as criptomoedas estão sob custódia da plataforma da Exchange, visto que esses ativos estarão no seu sistema.
Você no poder dos seus recursos
Uma opção para que o próprio usuário tenha custódia de suas criptomoedas é realizar a transferência dos ativos para sua Wallet, ou simplesmente, carteira virtual. Essa ação está se tornando muito comum e é conhecida como autocustódia de criptomoedas.
Bem parecida como quando sua avó guardava o próprio dinheiro em algum lugar, mas só que dessa vez, com o apoio da tecnologia, o usuário não corre os mesmos riscos que as pessoas corriam antigamente, como inundações e incêndios.
Isso dá ao usuário mais autonomia sobre seus ativos, como se a pessoa voltasse a guardar o dinheiro da forma tradicional. Ela movimenta, retira e usa os recursos como quer, sem precisar entrar em contato com uma plataforma para isso.
Mas, em contrapartida, a segurança fica sob responsabilidade do usuário. Por isso, algumas ações precisam ser tomadas, por exemplo controlar suas próprias chaves privadas.
Assim, você protege seus ativos contra roubos virtuais. Mas, ainda assim, você vai ter o controle a sua criptomoeda sem depender de intermediários.
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