Alerta! Por que aumento de casos de H5N1 preocupa pesquisadores?
Mesmo com os planos de ação já disponíveis, autoridades se preocupam com novos casos.
O vírus da influenza H5N1 tem sido uma das notícias mais frequentes nas últimas semanas. Em vários países, houve um aumento no número de mortes de animais após o contato com o agente infeccioso. Recentemente, um caso de infecção em um ser humano, no Chile, causou preocupação.
Pesquisadores investigam casos com vírus
Um homem chileno de 53 anos apresentou sintomas graves de gripe, mas o Ministério da Saúde do Chile informou que seu caso era estável. Isso gerou preocupação e aumentou os níveis de alerta em agências de saúde em todo o mundo.
Embora já existam planos definidos pelos órgãos de saúde para lidar com esse vírus, há preocupação de que ele possa iniciar uma nova pandemia. Sobre esse assunto, o virologista Edison Luiz Durigon comentou:
“Com a capacidade de ser transmitido de uma pessoa para outra, o H5N1 pode ser um dos problemas mais graves que a humanidade já enfrentou.”
O retorno da influenza H5N1 se apresenta com um número elevado de aves infectadas nos últimos dois anos. Além disso, alguns mamíferos foram infectados após o contato direto com as aves. A transmissão ocorre através de fluidos corporais, como as gotículas de saliva e fezes, ou quando há consumo do animal.
Em 2022, alguns casos foram notificados por donos de fazenda sobre a transmissão da influenza entre visons (ou minks), um tipo de animal criado para a fabricação de casacos, sem a necessidade de contato com as aves.
A microbiologista Marilda Mendonça de Siqueira aponta alguns fatos importantes sobre esses casos. O fato de o vírus entrar em contato com aves e mamíferos ajuda na mutação que ele sofre para se adaptar ao corpo de cada animal. Além disso, o corpo humano está mais próximo do mamífero do que das aves.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos destaca que, de janeiro de 2022 a março de 2023, dez pessoas foram diagnosticadas com a gripe aviária e duas delas morreram. Os números são preocupantes, pois se estima que, no geral, 52% das pessoas que se infectam pelo H5N1 morrem.
É fundamental para a segurança geral que os casos sejam notificados para ajudar no monitoramento e prevenção de futuros problemas, como os causados pela covid-19.