Distribuição de riqueza no Brasil: onde estão os mais ricos e os mais pobres do país?
Dados do IBGE sobre a desigualdade no Brasil analisaram as maiores e as menores rendas per capita do país.
A desigualdade no Brasil é algo tão latente que até já foi tema de axé. Como diria o grupo As Meninas, na música “Xibom Bombom”, o Brasil é um lugar “onde o rico cada vez fica mais rico, e o pobre cada vez fica mais pobre; e o motivo todo mundo já conhece: é que o de cima sobe e o de baixo desce”.
Essa música foi lançada 24 anos atrás, mas sua temática continua atual. Isso é comprovado por dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) obtidos com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Essas estatísticas mostram que o abismo econômico retratado na música ainda está presente no país.
Essa desigualdade no Brasil se apresenta nas condições de acesso a habitação, saúde, educação, lazer, entre outros. Todos esses fatores estão ligados à distribuição de renda altamente discrepante e concentrada. Para ter uma visão dos dados da pesquisa da Pnad, acompanhe o tópico a seguir.
Dados sobre a desigualdade no Brasil
Em 2022, a Pnad realizou uma pesquisa da renda per capita das famílias no Brasil. Mas o que per capita significa? Trata-se do rendimento mensal que corresponde à renda total da família dividida pelo número de moradores da casa que dependem dessa renda para suas demandas gerais.
Esses dados foram usados pelo IBGE para verificar o nível de desigualdade de renda no Brasil. De acordo com eles, a desigualdade no Brasil da renda domiciliar per capita mensal foi de R$ 1.625.
A seguir, apresentamos uma lista com a renda média de cada estado:
- Distrito Federal: R$ 2.913
- São Paulo: R$ 2.148
- Rio Grande do Sul: R$ 2.087
- Santa Catarina: R$ 2.018
- Rio de Janeiro: R$ 1.971
- Paraná: R$ 1.846
- Mato Grosso do Sul: R$ 1.839
- Espírito Santo: R$ 1.723
- Mato Grosso: R$ 1.674
- Goiás: R$ 1.619
- Minas Gerais: R$ 1.529
- Tocantins: R$ 1.379
- Rondônia: R$ 1.365
- Rio Grande do Norte: R$ 1.267
- Roraima: R$ 1.242
- Sergipe: R$ 1.187
- Amapá: R$ 1.177
- Piauí: R$ 1.110
- Paraíba: R$ 1.096
- Pará: R$ 1.061
- Ceará: R$ 1.050
- Acre: R$ 1.038
- Bahia e Pernambuco: R$ 1.010
- Amazonas: R$ 965
- Alagoas: R$ 935
- Maranhão: R$ 814
Apesar dessas informações, a amostragem do IBGE não considerou os valores atualizados pela inflação para que eles pudessem ser comparados com os de anos anteriores.
Em suma, essa pesquisa é baseada somente no rendimento total do trabalho e em outras fontes de renda da casa, com esses valores divididos pela quantidade de moradores do domicílio.