Bill Gates aposta em usinas nucleares para barrar mudanças climáticas

Não é nenhuma novidade que o mundo está passando por um momento muito complicado devido às mudanças climáticas. Mesmo que algumas pessoas queiram ignorar o aquecimento global e os desastres naturais decorrentes desse fenômeno, eles existem e isso é um fato inegável.

Sendo assim, ao longo dos anos, vem sendo possível observar diversas pessoas e instituições lutando para que os países do mundo adotem políticas menos poluentes.

Uma dessas tentativas ocorreu em 2021, com a realização da COP 26, ou 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas. Para aqueles que desconhecem, o cenário atual de aquecimento é decorrente do aumento de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2), por exemplo.

Consequências dos gases de efeito estufa

O efeito estufa, ao contrário do que muitos pensam, é essencial para a vida humana. No entanto, como qualquer coisa no mundo, o excesso desses gases é extremamente prejudicial para o planeta.

Isso pois o efeito estufa forma uma espécie de barreira que permite a entrada dos raios solares, de forma que sua saída demore um pouco mais. Isso consequentemente permite um aquecimento adequado do planeta, ideal para a existência da vida.

No entanto, caso haja um aumento desses gases, significa que a radiação demorará muito mais para deixar o planeta, tornando-o cada vez mais quente, até o ponto de impossibilitar a vida. Esses gases de efeito estufa são principalmente causados pela queima de combustíveis fósseis, como carvão e petróleo.

Por serem atualmente os maiores produtores de energia elétrica e combustão, os principais países produtores desses gases, como a China, Estados Unidos e Índia, são extremamente resistentes às mudanças na matriz energética proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Então, como alternativas para a produção de energia, surgem diversas propostas, principalmente relacionadas à produção de energia renovável, como a eólica e a solar. No entanto, outras pessoas pensam diferente, como é o caso do bilionário Bill Gates.

Bill Gates contra as mudanças climáticas

O fundador da Microsoft está há anos estudando as mudanças climáticas, e já chegou até mesmo a lançar um livro falando sobre o assunto. Entretanto, a sua maior contribuição nesse sentido é a empresa TerraPower, fundada em 2006.

O objetivo dessa empresa é gerar energia limpa, ou seja, não poluente. E, para isso, ele e seus investidores resolveram apostar na energia nuclear. Não é necessário explicar para ninguém os potenciais desastrosos da energia nuclear, basta lembrar dos episódios que ocorreram em Chernobyl.

No entanto, a proposta do bilionário, apesar de utilizar o mesmo modelo de geração de energia, através da fissão nuclear, diferencia-se pelo resfriamento. A fissão nuclear gera uma quantidade extrema de calor e energia através da separação de átomos. Esse calor é absorvido pela água, que logicamente evapora, e esse vapor move uma turbina, que por sua vez gera eletricidade.

O problema desse tipo de geração de energia é a grande pressão gerada dentro do reator, por conta do aquecimento da água. Sendo assim, a proposta de Gates é substituir a água por sódio líquido, o qual possui um ponto de evaporação menor e mais capacidade de absorver calor. Isso consegue evitar a pressão dentro do reator, o que pode levar à explosão.

No entanto, o processo não é fácil, e muito menos barato – o custo estipulado até o momento é de 4 bilhões de dólares. Além disso, alguns cientistas apresentaram várias críticas em relação ao modelo, seja pela opacidade do sódio líquido, o que dificulta a manutenção, seja pela utilização de urânio, o principal elemento para o funcionamento das usinas e para a criação de bombas.