INÉDITO: Espécie marinha rara é descoberta no Brasil; Confira!

A pesca predatória e a poluição ameaçam a espécie recém-descoberta.

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) encontraram uma nova espécie marinha em um novo tipo de recife na costa brasileira. A espécie rara de peixe recebeu o nome de Sciadonus alphacrucis, em homenagem ao navio oceanográfico Alpha Crucis, que usaram na expedição.

Os exemplares conhecidos da nova espécie de peixe formam um casal coletado em uma expedição dos pesquisadores. Eles estavam a cerca de 800 metros de profundidade, onde a luz praticamente não chega.

Algo interessante sobre essa espécie recém-descoberta é que eles são vivíparos (os filhotes são gerados no útero da fêmea) e cegos. Essas duas características juntas são raras nesse grupo de animais.

No entanto, os pesquisadores alertam para a fragilidade dessa espécie e seu habitat. Junto com a pesca ilegal, a exploração da região para a extração de calcário coloca esses animais em risco.

Além disso, os pesquisadores verificaram uma grande quantidade de lixo que vem nas redes com os peixes coletados em grandes profundidades. Eles encontraram latas metálicas de comida, bebida e aditivos de óleo de navio, sacolas, embalagens e até brinquedos de plástico.

Nova espécie marinha de mar profundo

Em 2019, os pesquisadores coletaram dois exemplares de brótura-vivípara durante uma expedição com o Alpha Crucis. A nova espécie marinha tem um corpo alongado, nadadeiras pequenas, olhos reduzidos e corpo translúcido (sem cor).

Nessa espécie, as fêmeas carregam os embriões no útero, onde se desenvolvem e se formam totalmente antes do parto. Mas não é assim que aprendemos que os peixes se reproduzem, não é mesmo? Então, por que essa exceção?

Essa exceção, apesar de rara, é encontrada em outras espécies de peixe pequeno, como guaru, lebiste, tubarões e arraias, por exemplo.

Os brótura-vivíparas se reproduzem dessa forma para economizar recursos, já que eles vivem em um ambiente com pouco alimento por causa da falta de luz e fotossíntese. A fecundação interna garante um aproveitamento melhor dos gametas.

Quando no útero, os embriões possuem grandes olhos pretos que regridem ao longo do desenvolvimento deles para a vida adulta. Quando já completam o seu ciclo de maturação, não é mais possível identificar ou diferenciar os olhos desses animais do restante do seu corpo.

Essa nova espécie marinha se orienta nas regiões escuras por meio da linha lateral. A linha lateral é um grupo de órgãos do corpo e da cabeça que permitem que esses animais se orientem por meio da detecção da vibração da água.

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