Fuso horário lunar pode ser o novo avanço para exploração espacial
Agência Espacial da Europa (ESA, na sigla em inglês) anunciou, na última segunda-feira (27), que esforços estão sendo feitos para a construção de um horário lunar.
Há anos que a humanidade explora o espaço. No entanto, realizar tamanho feito exige muito cálculo por parte dos cientistas. E graças à Teoria da Relatividade Geral, de Albert Einstein, sabemos que o tempo é relativo. Assim, entende-se que a forma como o tempo passa na Terra não é a mesma que em outros corpos celestes.
E o mesmo vale para a nossa Lua, pois lá os relógios passam 56 microssegundos mais rapidamente que em nosso planeta. Inclusive, na própria Terra, cientistas já comprovaram que há minúsculas distorções temporais ocorrendo e que dependem da altitude em que o relógio está posicionado.
Foi pensando nisso que a Agência Espacial da Europa (ESA, em inglês) anunciou que agências espaciais de todo o mundo estão cogitando a criação de um fuso horário lunar. O anúncio foi realizado na última segunda-feira (27), como afirmou o engenheiro Pietro Giordano:
“Um esforço internacional conjunto está sendo lançado para alcançar isso.”
Por que desejam criar um fuso horário lunar?
Isso acontece porque, conforme explicado pelo cientistas no anúncio, em razão da quantidade de operações lunares, será necessário que elas possuam uma localização independente, não atrelada à Terra, e sim ao satélite natural. Até porque, ao considerar data e hora terrestres, como explicado, devido à variação temporal, são necessários vários ajustes para que isso funcione.
No entanto, para os cientistas, a maior dificuldade é definir quem será o responsável por esse feito. Afinal, são muitas as agências espaciais envolvidas, de diversos países. Portanto, será necessário que haja consenso.
Contudo, mesmo com a dificuldade de construção e aplicação desse novo fuso horário, alguns já estão pensando à frente. Em caso de um sucesso para esse projeto, cogita-se a criação de fusos horários para outros planetas do nosso sistema solar. Citando como exemplo, há os gigantes Saturno e Júpiter, além de nossos vizinhos Marte e Vênus.