Brasileiros captam imagem de raio em contato com para-raios; veja como funciona
A imagem ficou tão famosa que apareceu na capa da revista Geophysical Research Letters.
Um estudo de longa data está sendo desenvolvido pelo físico Marcelo Saba referente a como os para-raios funcionam quando entram em contato com a descarga elétrica extremamente potente que provém do raio.
No ano passado, o físico teve a oportunidade de registrar um dos momentos mais difíceis de ser captados por imagens. Isso foi possível porque ele utilizou uma câmera de alta precisão e teve, obviamente, muita paciência para esperar o momento certo.
Em razão de seu trabalho duro, as imagens registradas pela câmera chegaram a servir como capa da revista Geophysical Research Letters, publicação extremamente conhecida no meio científico.
No entanto, no que se refere o local em que os registros foram feitos, a cidade de São José dos Campos, localizada no Estado brasileiro de São Paulo, foi o centro das atenções.
O vídeo, que você pode conferir abaixo, registrou a queda de um raio que aconteceu em uma velocidade de 370 quilômetros por segundo.
O raio entrou em contando com os para-raios assim que ele foi em direção a um dos prédios, como podemos ver no vídeo. E o impacto foi tão forte que acabou destruindo um pedaço da chaminé do local.
Mas, se assistirmos ao vídeo, veremos que, alguns momentos antes de a queda acontecer, inúmeros para-raios dos prédios vizinhos enviaram suas cargas positivas para ir de encontro ao raio, já que o elemento é composto por 90% de carga negativa.
Em suma, diferentemente do que muitos pensam, o intuito do para-raios não é atrair raios, mas sim fornecer a essa enorme descarga elétrica um caminho alternativo, a fim de que não haja grandes danos materiais no momento em que um raio cai na Terra.
Essa é uma das razões pelas quais o para-raios é normalmente colocado em áreas extremamente altas, além disso, os raios sempre escolherão o caminho mais fácil e próximo.
A origem dos raios
Sabemos que o atrito gera energia, e com os raios não é diferente. O atrito de algumas partículas de água, gelo e granizo gera grandes quantidades de energia, fazendo com que as nuvens fiquem carregadas. Logo, se uma nuvem se choca com outra, polaridades diferentes se encontram e então o raio acontece.