Cripta dos Capuchinhos, em Roma, possui decoração feita com esqueletos
Igreja de Nossa Senhora da Conceição dos Capuchinhos contém, em sua cripta submersa, uma decoração feita com quase 4 mil esqueletos.
Mesmo que haja ainda muitos tabus envolvendo os mortos, diversas religiões ao redor do mundo tratam o assunto sem nenhum receio ou medo.
Ao contrário do imaginário popular de que ossadas e cadáveres são “assombrados” ou que os mortos se levantam para aterrorizar os vivos, existem locais ao redor do mundo que tratam a morte como uma celebração, um rito de passagem.
Um exemplo disso é o “meme do caixão”, que se popularizou nas redes sociais no início de 2020. No vídeo em questão, é possível ver quatro homens com um caixão sobre seus ombros realizando uma dança enquanto uma música com tom festivo e alegre toca ao fundo.
A questão é que essa é uma tradição de Gana, no continente africano, cultura em que o cortejo fúnebre envolve dança e celebração pela passagem feita pelo falecido para outro plano.
Sendo assim, fica claro que as culturas possuem diferentes formas de lidar com a morte, e uma delas, muito curiosa, está localizada em Roma, na Itália, mais precisamente na Cripta dei Cappuccini.
Conheça a Cripta dei Cappuccini e sua exótica decoração
De acordo com o site oficial da igreja, ela começou a ser construída no dia 8 de setembro de 1630, com a celebração de sua primeira missa pelo Papa Urbano VIII, o qual abençoou a construção do local pelo Cardeal Antonio Barberini, seu irmão mais novo.
A então batizada Igreja de Nossa Senhora da Conceição dos Capuchinhos, apesar de chamar muita atenção por sua beleza e esplendor característicos das construções renascentistas, se destaca por um elemento muito mais específico: a cripta abaixo da igreja que conta com uma decoração de quase 4 mil esqueletos de frades capuchinhos.
Segundo o site oficial onde constam informações sobre a cripta, pela falta de documentos, não há certeza sobre os motivos que levaram a essa construção. No entanto, segundo o veículo, é possível que tenha sido em decorrência da fuga da França pelos padres capuchinhos, que se refugiaram em Roma.
Outras hipóteses são relacionadas a pessoas que encontraram a cripta e os restos mortais dos frades e resolveram realizar tal obra. Ainda segundo o site oficial, o local foi visitado pelo Marquês de Sade.
Para quem não sabe, vem justamente do Marquês de Sade a origem do termo “sadismo” ou “sádico”, isso por conta de suas obras pornográficas e fama de vida impura.
Com a finalidade de não incomodar visualmente as pessoas interessadas pela assunto, mas que não desejam ver os esqueletos, este link direciona aqueles que desejam ver a cripta para o seu site oficial. Viaje virtualmente neste fascinante ponto turístico europeu.