Descoberta inédita aponta existência de água na lua de Plutão
Em revelação de imagens da sonda New Horizons, cientistas especulam que os cânions vistos na lua Caronte foram causados por água subterrânea.
Os últimos meses foram marcados por dois grandes acontecimentos, sendo eles a evolução tecnológica advinda das inteligências artificiais (IA) e as descobertas científicas sobre o Universo.
Ainda, boa parte das últimas descobertas sobre o Universo resulta do lançamento do satélite James Webb, que proporcionou imagens mais detalhadas sobre o Universo que nos cerca. Apesar disso, já enviaram outros vários aparelhos científicos ao espaço para averiguar seus mistérios.
Um desses aparelhos é a sonda New Horizons, lançada no ano de 2015. Assim, considerando o tempo de viagem, bem como o tempo para que os dados transmitidos pela sonda cheguem à Terra, foi só recentemente que obtivemos as imagens feitas pela ferramenta.
O objetivo dessa sonda da agência espacial dos Estados Unidos, a National Aeronautics and Space Administration (Nasa), era investigar os astros mais distantes do nosso sistema solar, consequentemente, o planeta Plutão. No entanto, o que mais chamou atenção dos cientistas foi a maior de suas luas, a Caronte.
As crateras de Caronte
Para aqueles que não possuem conhecimento geológico, saiba que crateras em formato de cânion ocorrem geralmente por dois motivos.
Um deles é a erosão feita pela água de rios, e a outra é a movimentação de placas tectônicas, que geram uma dinâmica interna capaz de levantar montanhas, consequentemente criando cânions nas rachaduras.
No entanto, para que a última ocorra, como dissemos, é necessário que haja uma dinâmica interna. Ou seja, que o núcleo consiga gerar energia suficiente para mover a superfície. Mas as luas normalmente não possuem esse tipo de sistema, afinal, não possuem massividade o suficiente para que a gravidade do corpo gere tanta energia.
Portanto, quando as primeiras imagens detalhadas de Caronte chegaram aos cientistas, muito se especulou sobre a presença de cânions que dividem os hemisférios da lua. Após alguns estudos, foi o Southwest Research Institute (SwRI) que sugeriu a teoria mais provável para a presença desses cânions.
De acordo com os pesquisadores, os cânions estariam na lua de Plutão por conta de águas submersas que foram congeladas. Portanto, o congelamento acabou gerando uma expansão, o que pressurizou a água logo abaixo, que necessitou encontrar um ponto de vazão. Por isso, criou as fraturas vistas na superfície.
Esse processo recebeu nome de “atividade criovulcânica”, referindo-se à erupção de gelo e água.