Ferramentas de pedra mais antigas do mundo voltam a levantar debates entre cientistas
Nossos ancestrais já produziam ferramentas há mais tempo do que se acreditava.
Quando falamos sobre ferramentas, as pessoas tendem a pensar em martelos, serrotes, pregos etc. Apesar de serem muito úteis, os nossos ancestrais criaram peças muito mais simples, mas que já tinham bastante valor na época.
Inclusive, cientistas até hoje debatem sobre quais os primeiros hominídeos ou povos a utilizarem essas criações, mas parecem nunca chegar a um acordo. No entanto, a descoberta das ferramentas mais antigas do mundo voltou a intrigar todos.
Descoberta interessante
Existem diversos achados arqueológicos que comprovam que os seres humanos utilizam ferramentas há milhares de anos, seja para caça, seja para esmagar material vegetal ou até mesmo para rituais.
Todas eram feitas de pedras, o que sempre chamou a atenção da comunidade científica. Mas só recentemente uma descoberta foi capaz de apontar que usamos ferramentas há muito mais tempo do que parece.
As evidências encontradas em 2016, em Nyayanga, no Quênia, possuem o mesmo formato dos utensílios de pedra feitas por outras mãos humanas. No entanto, elas se destacam por terem pelo menos 2,6 milhões de anos.
Naquela época, nossos ancestrais eram nômades e ainda podiam ser comparados com outros primatas. No entanto, o uso de um item como esse representa um grande salto tecnológico e mental.
Teorias
Para os arqueólogos, essa descoberta nos coloca perante duas hipóteses:
a) os nossos ancestrais viveram há muito mais tempo do que acreditamos;
b) essas ferramentas foram desenvolvidas há mais tempo do que se tinha conhecimento.
Para muitos, a segunda opção faz mais sentido, visto que elas provavelmente foram se sofisticando com o passar dos anos, sendo essas encontradas no Quênia apenas uma reprodução.
“Com essas ferramentas, você pode moer melhor do que com os molares de um elefante e cortar melhor do que com os caninos de um leão… A descoberta de Paranthropus ao lado dessas ferramentas abre um quebra-cabeça fascinante”, disse o paleontólogo Rick Potts.