TikTok adiciona recursos de segurança antidesinformação à plataforma
Essa medida vem da necessidade de a plataforma se adequar às Leis de Serviços Digitais da União Europeia.
Na última quinta-feira (9), o TikTok emitiu um comunicado se comprometendo a aumentar o combate à desinformação na plataforma. Com isso, a rede social pretende adicionar recursos de segurança e ampliar a verificação de fatos das publicações.
A União Europeia exigiu que a plataforma faça essas mudanças para continuar em funcionamento no bloco. Portanto, o TikTok pode ser totalmente banido dos países da União Europeia, caso não consiga cumprir essa tarefa.
A base para essas demandas está na Lei de Serviços Sociais (DAS) do bloco europeu. Nela, determina-se que as grandes plataformas devam se adequar a uma série de regras de moderação de conteúdo.
Em caso de descumprimento dessa lei, as empresas estão sujeitas a uma multa de até 6% da sua receita anual ou total banimento dos países do bloco. Apesar disso, vale destacar que as demandas da União Europeia são consideravelmente menos rígidas quando comparadas às dos Estados Unidos.
Recentes ações do TikTok no combate à desinformação
Desde o surto da covid-19, a plataforma se empenha em investir em novas ações e diretrizes que assegurem que as informações divulgadas na plataforma sejam verdadeiras e de fontes confiáveis.
O desafio mais recente do TikTok é em relação ao conflito na Ucrânia. A plataforma tem sido o palco de uma onda crescente de desinformação. Ao todo, a rede social já removeu quase 200 anúncios de propaganda política que ferem as diretrizes da plataforma.
Nesse recente caso com a União Europeia, a diretora de políticas públicas e relações governamentais do TikTok, Caroline Greer, declarou que nos próximos meses haverá o investimento em uma série de iniciativas para garantir o combate à desinformação.
Declarações da União Europeia
O Comissário do Mercado Interno da União Europeia, Thierry Breton, fez o alerta de banimento ao CEO do TikTok, Shou Zi Chew, em uma chamada de vídeo que aconteceu em janeiro.
Na videochamada, o comissário fez um alerta para a necessidade de a plataforma cumprir as novas regras de conteúdo. Dessa forma, ela pode continuar em funcionamento dentro do bloco europeu.
Além disso, uma preocupação da União Europeia é garantir a segurança do público jovem que tem acesso a essas plataformas. Desse modo, é importante para o bloco que esse público esteja protegido contra conteúdos nocivos e com informações falsas.