64,4% dos trabalhadores relatam piora na qualidade de vida com retorno ao presencial

Com a retomada das atividades presenciais no trabalho, muitos profissionais relatam piora na qualidade de vida.

Com a flexibilização das medidas de restrição relacionadas à pandemia e o retorno gradual dos trabalhadores ao ambiente presencial, uma pesquisa revelou que 64,4% dos trabalhadores afirmam que sua qualidade de vida piorou desde o retorno ao trabalho presencial.

Esse índice levanta questões importantes sobre os desafios enfrentados pelos profissionais ao se adaptarem novamente à rotina tradicional de escritório ou local de trabalho físico. Por causa das restrições sanitárias em decorrência da pandemia de Covid-19, muitas empresas aderiram ao home office para continuar com suas atividades.

Profissionais sentem dificuldade de adaptação com retorno ao presencial

Uma pesquisa elaborada pelo Grupo TopRH e Infojobs revelou que 64,4% dos profissionais que ficaram com trabalho remoto durante as restrições sanitárias da Covid-19 sentem que não estão satisfeitos com a qualidade de vida com o retorno integral do trabalho presencial.

Além disso, a pesquisa realizada pelas empresas indicou que 58,3% das pessoas que responderam ao estudo disseram que se sentem mais produtivos ao fim do dia em um trabalho presencial. Apenas 21,3% responderam que se sentem mais produtivos nesta modalidade.  

Dos profissionais que responderam à pesquisa, 73,9% afirmaram que o reflexo dessa insatisfação está na falta de projetos motivacionais realizados pelos RHs das empresas em relação à retomada das atividades presenciais.

“Os resultados revelam um enorme desafio que os RHs já estão tendo que administrar e que tende a ficar ainda maior no futuro próximo: conciliar as diretrizes da gestão organizacional com aquilo que querem e buscam os colaboradores.

A maioria das empresas parece querer voltar ao mundo pré-pandemia, sendo que poucas consultaram as pessoas se era isso que elas queriam”, comenta o CEO do Grupo TopRH, Daniel Consani.

As empresas que tiveram iniciativas relacionadas à satisfação e reintegração de seus funcionários conseguiram obter resultados mais positivos. Entre essas ações, estão destacadas: horário flexível (23,1%), ações para o bem-estar e saúde mental (21,8%) e reforma do escritório (18,4%).  

“Muitas vezes, o trabalhador gasta duas ou três horas para chegar ao local de trabalho, não só por distância, mas também pelo trânsito.

O profissional fica cada vez mais cansado, tendo menos tempo para fazer um curso, ficar com a família, ter um momento de lazer, relaxar ou realizar outra atividade prazerosa, o que poderia refletir positivamente no desempenho, mas a ausência dessas rotinas, que se tornou mais comum na pandemia, prejudica a qualidade de vida.

Foram criadas pouquíssimas iniciativas, mas o foco é e sempre deve ser proporcionar maior equilíbrio entre as vidas pessoal e profissional, além de criar ações de engajamento, como treinamentos para o desenvolvimento e interação dos colaboradores”, comenta Ana Paula Prado, CEO do Infojobs.

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