Você tem essa? Moeda rara vale até R$ 1,5 mil e pode estar na sua casa

Saiba como uma moeda do século XIX se tornou um tesouro nacional, alcançando valores surpreendentes em 2024.

Uma relíquia monetária do Segundo Império, especificamente a moeda de 500 réis de 1867, transformou-se em um objeto de desejo para colecionadores por todo o Brasil, com seu valor estimado em até R$ 1,5 mil.

Esse interesse se dá pela rara combinação de história, arte e material valioso que a peça representa.

A caçada pelo tesouro esquecido

Cidadãos de diversas regiões do país estão em uma verdadeira busca ao tesouro, vasculhando gavetas e baús antigos na esperança de encontrar essa joia perdida.

A peça, que circulou durante o período do Império no Brasil, hoje pode ser uma surpresa valiosa escondida em sua própria residência.

O destaque da moeda é a imagem de Dom Pedro II, retratado em sua fase madura, com uma longa barba branca, diferenciando-se das habituais representações juvenis do monarca.

A fabricação em prata, um metal precioso frequentemente usado na cunhagem da época, contribui para sua valorização contínua.

Moeda de 500 Réis de 1867 – Imagem: Notícias Concursos/Reprodução

Detalhes que fazem a diferença

Conforme informações do Banco Central, a moeda possui características específicas:

  • Plano monetário: inserida no Terceiro Padrão Réis, que vigorou de 1867 a 1876, a moeda reflete as políticas econômicas e monetárias da época.
  • Período histórico: pertencente ao Segundo Império, marcado pelo governo de D. Pedro II, esta moeda é um relicário do progresso e das contradições daquele tempo.
  • Local de cunhagem: produzida na Casa da Moeda do Rio de Janeiro, o centro financeiro e político do Brasil imperial, cada moeda carrega em si um pedaço da história carioca e nacional.
  • Dimensões Físicas: com um diâmetro de 25.5mm e um peso de 6.25gr, suas proporções foram meticulosamente escolhidas para representar o valor de 500 réis.
  • Composição Metálica: a escolha da prata como material, com um teor de 916.6, não apenas confere beleza e durabilidade à moeda mas também a torna um objeto de valor crescente para colecionadores.
  • Detalhes Visuais: a borda serrilhada, além de ser uma característica de segurança, adiciona uma textura distinta à peça, enriquecendo sua estética.
  • Anverso: apresenta o busto de Dom Pedro II voltado à esquerda, com as iniciais ‘C. L.’ do gravador Cristian Luster abaixo do busto, capturando a imagem de um imperador em seus anos mais maduros, um detalhe raro entre as representações da época.
  • Reverso: as armas do Império adornam o lado oposto, com um escudo posicionado abaixo de uma coroa, circundado por uma esfera armilar de D. Manuel dentro de um anel de estrelas e a Cruz da Ordem de Cristo, ladeado por ramos de tabaco e café, unidos por um laço estilizado, simbolizando a riqueza e a diversidade da nação.

Valorização ao longo do tempo

No universo numismático, as moedas são avaliadas por sua conservação, refletindo seu valor e história.

A classificação MBC (Muito Bem Conservada) destina-se a peças que conservam cerca de 70% de suas características originais, exibindo desgaste homogêneo.

Moedas Soberba possuem ao menos 90% de seus detalhes preservados, com mínimos sinais de circulação, destacando-se pela nitidez e qualidade.

Já a categoria Flor de Cunho representa o ápice da preservação, indicando moedas sem nenhum desgaste, manuseio ou alteração, mantendo a perfeição desde sua cunhagem.

Essas classificações são essenciais para colecionadores na avaliação da raridade e autenticidade de suas peças.

Especialistas em numismática categorizam a moeda de 500 réis de 1867 em três condições principais: MBC, com valor de R$90; Soberba, preservando no mínimo 90% dos detalhes originais, avaliada em R$180; e Flor de Cunho, a condição mais primorosa, sem sinais de desgaste, podendo alcançar R$450.

A versão certificada desta moeda, devido à sua excepcional conservação e raridade, é cotada em R$ 1,5 mil.

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