Celular é responsável por 57% dos acidentes de trânsito; veja quais são os efeitos nocivos que a tecnologia tem causado

Será que o celular deve ser evitado apenas pelos motoristas? O que dizer dos pedestres que andam com o objeto em mãos na rua? Veja quais são as consequências do uso do aparelho na vida de ambos.

O mundo em nosso século não é outro a não ser tecnológico. A tecnologia está por todo lugar, e em países mais desenvolvidos que o Brasil, essa realidade é ainda maior e mais impactante.

O crescimento da tecnologia não é algo ruim, já que podemos ser muito beneficiados com as inúmeras possibilidades que ela nos proporciona, mas podemos, sim, perceber algumas das consequências negativas que o uso da tecnologia também pode causar.

O comportamento das pessoas é altamente afetado pelo grande uso dos recursos da conectividade, aumentando o vício pelos meios que a tornam possível, como o uso excessivo dos celulares, por exemplo. Isso causa na sociedade urbana um grande aumento de problemas ocasionados pela falta de atenção, além de efeitos nocivos à memória.

Efeitos nocivos da tecnologia para a sociedade

Um dos efeitos mais comuns que indicam o vício em tecnologia, ou a falta de atenção ocasionada por ela, são os acidentes de trânsito. Em média, 57% dos acidentes no Brasil são ocasionados pelo uso do celular.

Na maioria das vezes, a faixa etária de quem está por trás do volante é de 20 a 39 anos. Os últimos estudos feitos ainda calculam a quanto equivale cada ação no celular ao dirigir. Por exemplo: uma ligação enquanto está dirigindo pode afetar o motorista por pelo menos 90 metros adiante, em uma velocidade de 100 km/h.

Por outro lado, digitar uma mensagem de texto estando a 80 km/h tem o mesmo efeito de estar dirigindo com os olhos vendados por um trajeto de 100 metros. Tudo isso porque os aparelhos eletrônicos, em especial o celular, causam um déficit de atenção muito perigoso.

O outro lado da moeda na realidade dos motoristas também é algo que não podemos desconsiderar. Isso porque os pedestres são outro grupo que também tem a atenção desviada pelo uso dos aparelhos.

Imagem: Icetran

Soluções

Alguns países já têm implementado medidas que vão além de penalizações sérias apenas para motoristas, incluindo também os pedestres que andam com o celular na mão e não prestam atenção no percurso que estão fazendo.

Em alguns locais do Japão e China, que tem um alto índice de pessoas conectadas 24 horas à tecnologia, já foram implementadas medidas para manter os pedestres mais focados no que de fato estão fazendo.

Este é o caso da cidade chinesa Chongqing, que adotou calçadas com uma divisão onde, em um lado, fica quem anda com celular, e no outro, quem anda sem olhar o aparelho. Ou seja, há uma área específica para quem anda olhando para baixo mexendo no celular, e outra para quem anda olhando para a frente.

Já na Coreia do Sul, em Seul, podemos encontrar semáforos visuais no chão, que ficam dentro do campo de visão de quem anda mexendo no celular. A medida chama mais atenção desses pedestres e é bastante eficaz em evitar acidentes no trânsito.

A cidade de Yamato, no Japão, foi mais radical, e proibiu que pedestres usem celular ao caminhar na rua, podendo até receber sérias penalizações por isso.

De fato, a sociedade moderna faz muitos ajustes ao modo de viver para se adequar aos efeitos de uma notificação de celular, e mesmo parecendo algo simples – e até necessário, segundo alguns especialistas -, não deixa de ser algo absurdo, já que as pessoas acabam colocando suas próprias vidas ou de seus amigos e familiares em risco, por não conseguirem resistir aos efeitos tecnológicos de um celular.

Isso ainda é algo que vai muito além de tomar medidas e mudar, pois está intrinsecamente relacionado a investimentos e recursos para proporcionar formas eficazes de proteger tanto pedestres quanto motoristas. Ou seja, a sociedade tem caminhado para mudanças ditadas pela realidade dos efeitos tecnológicos à mobilidade urbana.

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