‘Vampira’ enterrada com tijolo na boca tem rosto refeito por brasileiro; veja
Enigma macabro do passado: reconstrução do rosto da misteriosa ‘vampira’ do século 16 revela segredos surpreendentes.
O misterioso caso de uma mulher enterrada com um tijolo na boca, descoberta em uma vala comum na ilha de Lazzaretto Nuovo, Itália, levantou várias perguntas sobre costumes e crenças do século 16.
Esse intrigante achado arqueológico mostrou as práticas funerárias peculiares da época, especialmente em meio à pandemia de peste bubônica que assolava a região.
Tijolo na boca
Os arqueólogos que trabalharam no local ficaram perplexos com a presença do tijolo na boca da mulher, um item que transcendia as práticas comuns de sepultamento do período.
As análises feitas depois revelaram não apenas detalhes sobre a condição da mulher, mas também provocaram uma avalanche de teorias sobre sua morte e o significado do tijolo.
Os estudos revelaram que a mulher, de aproximadamente 60 anos, provavelmente pertencia à classe social mais baixa e sofria de diversas doenças crônicas, além de má nutrição.
Esses fatores podem ter contribuído para sua morte prematura e, por consequência, o seu enterro estranho.
Como seria a suposta vampira do século 16 – Imagem: Cícero Moraes/Reprodução
A hipótese de que ela tenha sido acusada de bruxaria ou vampirismo ganhou força. Na mentalidade supersticiosa da época, mortes repentinas ou inexplicáveis eram atribuídas a influências sobrenaturais.
Nesse contexto, a presença do tijolo na boca pode ter sido interpretada como uma medida preventiva para impedir que a suposta bruxa ou vampira retornasse dos mortos, ou se alimentasse de corpos enterrados.
Reconstituição do rosto
O fascínio em torno desse caso sombrio persistiu ao longo dos anos e ganhou uma nova dimensão, quando um brasileiro chamado Cícero Moraes, perito forense e especialista em reconstrução facial em 3D, liderou uma equipe na reconstituição do rosto da mulher.
Um tijolo na boca pode representar que ela era considerada uma vampira – Imagem: Cícero Moraes/Reprodução
Utilizando técnicas avançadas de modelagem computacional, a face da mulher foi meticulosamente recriada.
Para tal, foram adicionadas características como queixo pontudo, cabelos grisalhos, uma pele marcada pela idade e até mesmo o tijolo inserido em sua mandíbula.
Por meio da ciência e da dedicação dos especialistas, a mulher, cuja vida e morte foram envoltas em mistério por séculos, foi trazida de volta à vida, pelo menos em forma digital.
Assim, a pesquisa é uma oportunidade única para entender melhor as crenças e práticas de uma era distante.