Única saída: país corre SÉRIO RISCO e decide se recriar no metaverso
Nação insular Tuvalu tem apenas 12 mil habitantes e pode deixar de existir em razão da elevação do nível do mar.
A pequena nação insular de Tuvalu, localizada no oceano Pacífico e composta por nove ilhas, está tentando de todas as formas sobreviver diante da ameaça gerada pela subida do nível do mar.
Com 12 mil habitantes, o grande temor é que tudo deixe de existir um dia. Foi pensando em evitar isso que a população local decidiu embarcar em uma ideia curiosa: tornar-se a primeira nação digital do mundo.
Com o auxílio de ferramentas do metaverso, Tuvalu almeja salvar sua própria história e patrimônio, tornando-se um local totalmente presente no mundo virtual.
Avanço acelerado do nível mar
A pequena nação insular de Tuvalu, que possui apenas 12 mil habitantes, corre risco de desaparecer – Foto: Reprodução
O medo é uma constante entre os moradores de Tuvalu. O governo local trabalha com a estimativa de que até 2050, metade da área da capital Funafuti estará inundada pelas águas do mar.
A situação é considerada grave. Hoje, as marés altas já são suficientes para inundar 40% do distrito capital. Com o aumento do nível do mar, a questão tende a piorar cada vez mais.
A perspectiva é que todo o país deixe de existir ou esteja submerso até o fim do século, caso nenhuma medida mais incisiva seja adotada nos próximos anos.
Solução digital em Tuvalu
Como a urgência faz parte da realidade dos 12 mil moradores da nação insular, o Ministro da Justiça, Comunicação e Negócios Estrangeiros, Simon Kofe, decidiu recorrer ao digital.
Ele informou, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP27), realizada em novembro, que Tuvalu pode perder todo o seu patrimônio e cultura.
Para se contrapor a isso, a decisão tomada foi transformar o país em um mundo digital, com o objetivo de preservar a memória local. Segundo Kofe, não resta outra alternativa senão essa.
“Ilhas como a nossa não conseguem suportar a rápida escalada das temperaturas, a subida do nível do mar e as secas. Portanto, iremos recriá-las virtualmente”, disse ele na COP27.
Como essa decisão vai funcionar?
Para promover a entrada e a presença de Tuvalu no metaverso, a agência The Monkeys e a produtora Collider uniram-se para catalogar, registrar, mapear e copiar documentos históricos, elementos culturais, fotos de família, músicas e todos os demais aspectos ligados à cultura local.
A ideia é conseguir o máximo possível de informação e patrimônio cultural do país para replicá-los digitalmente.
Na primeira fase, o trabalho está focado em criar uma réplica da Ilha Teafualiku, que é a menor entre as nove ilhas de Tuvalu e a mais próxima de deixar de existir.
A população pode acompanhar todo o processo de atualização da “Tuvalu do metaverso” no site Tuvalu.tv. Todos os detalhes estão sendo publicados no portal. Será que esse é o futuro do mundo?