‘The Witcher’ bebe da fonte de Tolkien e recria discussão de ‘O Senhor dos Anéis’

A principal característica das obras de fantasia é encantar as pessoas por meio de novas visões do mesmo mundo. Nesse sentido, podemos dizer que essa é, sem dúvida, a maior dádiva promovida pela obra “O Senhor dos Anéis”,  uma vez que a trilogia escrita por J. R. R. Tolkien segue fazendo um tremendo sucesso até dos dias atuais.

‘The Witcher’ resgata discussão

Bebendo de uma fonte que nós podemos classificar como a maior da “alta fantasia”, a série trouxe à tona um debate bem antigo sobre o que se podemos esperar das características de um anão em mundo fantasioso. Essa questão, na realidade,  já havia sido levantada na obra de Tolkien, uma vez que esse grupo tem um papel de destaque na história da Terra Média.

Influenciado pelo cânone de “O Senhor dos Anéis”, o novo seriado derivado de “The Witcher” trouxe uma questão amplamente discutida entre os afeiçoados pelo universo de Tolkien: o fato de as anãs também exibirem barba.

Na concepção de autor, os anões de ambos os gêneros exibem muitas características similares, dessa forma, são praticamente idênticos em aparência. Eles até podem ser confundidos em determinadas ocasiões. Partindo dessa premissa, alguns podem chegar à conclusão de que, entre tantas semelhanças, a barba seria um diferencial que definitivamente seria capaz de distinguir os sexos.

Apesar disso, em “O Senhor dos Anéis: As Duas Torres”, Gimli comenta com Aragorn que as anãs têm barba também, o que torna a explicação do autor totalmente concreta quanto à similaridade entre os gêneros dos anões e, consequentemente, acaba também com o argumento de que o pelo facial poderia ser o diferencial entre eles.

Já em “The Witcher: A Origem”, o derivado produzido pela Netflix, o debate foi abordado de uma forma bem similar, trabalhando com a ideia de anãs também exibirem uma barba. Em um momento, Meldof – que é uma personagem anã sem barba – comenta sobre Gwen ter uma “barba fina como seda”, o que fazia com que ela sentisse inveja.

Mesmo bebendo da fonte, o seriado seguiu os conceitos e confirmou que anãs têm barba assim como anões. O que nos resta agora é conhecer melhor quais os outros aspectos que o spin-off incorporou do seu cânone, oriundos das obras de Tolkien.

Por fim, o que podemos dizer é que a produção se tornou uma fonte de enriquecimento para a cultura pop, que sempre se permite beber de diversas fontes para criar novos mundos fantásticos.