Terremotos no Japão atingem indústria de peças de computadores

Empresas como a Toshiba já anunciam paralisação temporária das atividades e começam a avaliar os danos causados.

Os terremotos que atingiram o Japão no primeiro dia de 2024 podem ter impacto direto no mercado de componentes de computadores. Fábricas do setor foram impactadas e já começam a examinar prejuízos.

A Toshiba, por exemplo, foi uma das que se pronunciaram sobre o caso. A marca revelou que foi obrigada a fechar uma das fábricas de produção de memórias NAND para analisar a segurança do local e reparar danos.

Outras empresas, como Taiyo Yuden, Tower, Shin-Etsu, GlobalWafers e TSPCo, também tiveram de parar, temporariamente, as produções de semicondutores.

O terremoto afetou a magnitude de 7,6, considerada altíssima. Até então, mais de 60 mortes já foram confirmadas. A maior parte dos danos ocorreu na Península de Noto.

Várias estradas e pontes foram destruídas, o que tem dificultado o trabalho dos socorristas. Ao todo, mais de mil soldados do exército japonês atuam na operação de auxílio às vítimas.

Japão começou 2024 com mais um grave terremoto – Foto: Reprodução

Avaliação dos danos

Apesar da constatação de que as fábricas foram afetadas, ainda não existe uma análise clara sobre os danos sofridos. A Toshiba trabalha com a perspectiva de que tudo será retomado em breve, mas segue no levantamento dos prejuízos.

De toda forma, é importante destacar: se as consequências foram muito graves, o mercado pode esperar por semanas e até meses de paralisação. E isso deve impactar diretamente a elevação dos preços dos produtos. Resta torcer para que os danos não tenham atingido as estruturas das companhias.

Para piorar o quadro, o terremoto no Japão ocorreu justo no momento em que os principais nomes do segmento de memórias NAND já se preparavam para diminuir a movimentação das suas linhas de produção.

Tal coincidência deve ampliar ainda mais os efeitos no mercado. Os analistas já aguardam por produtos como SSDs com um preço mais alto de, pelo menos, 50% nos próximos meses.

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