Tatuagens com biossensores: saiba mais sobre a próxima fronteira da arte corporal

O que é conhecido como uma expressão de arte pode se tornar também uma forma de monitorar a nossa saúde.

Muito além de arte, as tatuagens se popularizaram nos últimos anos como uma forma de expressão social entre as massas.

Porém, com o avanço da tecnologia e modernidade, esses desenhos na pele tão amados atualmente estão cada vez mais perto de tornarem-se peças tecnológicas com eficácia na hora em que estão sendo feitas e depois de cicatrizadas.

Cientistas da Universidade Yeditepe da Turquia e da Universidade Técnica de Istambul criaram uma nova técnica para implantar tatuagens capazes de se comunicarem (sim!), sem a necessidade de conexão por fio, implantes ou até mesmo fontes de energia externa.

Foto: Reprodução

Apelidadas pelos pesquisadores de “nanotatuagens”, tais desenhos são baseados em retroespalhamento, ou BNTS (backscattering-based nanotattoo sensor, na sigla em inglês).

Mas para que serve essa tecnologia, afinal?

Seu principal uso é monitorar informações biométricas e transmiti-las a um dispositivo, como um smartphone, tablet, notebook ou até mesmo uma SmarTV, por exemplo.

Os inventores explicam que:

“Quando a tag pintada recebe os sinais de radiofrequência (RF), ela reflete alguns dos sinais para estabelecer um link ascendente com o leitor do smartphone, enquanto o dispositivo estabelece um link descendente com a ela. A partir desses links de comunicação, o dispositivo pode monitorar continuamente a nanotattoo e processar as informações usando algoritmos de inteligência artificial.”

O intuito, no entanto, é bem simples: permitir ao ser humano monitorar determinados aspectos da saúde, como níveis de glicose ou albumina no sangue para controlar problemas relacionados à diabetes, por exemplo.

Como funciona a nanotatuagem?

Para criar uma nanotattoo, os inventores utilizaram duas tintas: uma preta, composta por aerogel de grafeno condutor, e uma branca, composta de óxido de zinco e nanofios.

Isso é colocado sobre a primeira camada, que também possui um pouquinho de aerogel para permitir a ligação e a condutividade das duas camadas. Apesar de parecer complexo, ambas as camadas são injetadas simultaneamente, porém por agulhas diferentes.

Os estudos ainda estão em estágio inicial, mas equipes de pesquisa estão trabalhando no desenvolvimento desses biossensores como uma forma acessível e confiável de monitorar a saúde humana. No entanto, ainda há muitos passos pela frente antes dessa tecnologia vir a público.

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