Gamers comemoram! Estudo faz descoberta impressionante sobre capacidade de visão

Pesquisa revela que algumas pessoas processam informações visuais mais rapidamente do que outras. Acredita-se que gamers e jogadores com essa habilidade possam se beneficiar.

Um estudo descobriu que algumas pessoas têm uma habilidade especial: conseguem enxergar o mundo em uma espécie de ‘supercâmera’ quando comparadas aos demais indivíduos.

Os pesquisadores acreditam que essa capacidade possa ajudar essas pessoas em atividades competitivas, como jogos e esportes, mas ainda são necessários mais estudos para confirmar tal hipótese.

Pesquisa mostra que pessoas podem enxergar o mundo em ‘câmera lenta’ – Imagem: Canva Pro/Reprodução

O olho humano nos ajuda a entender o mundo ao converter a luz em sinais elétricos por meio de células especiais chamadas fotorreceptores.

Esses sinais, por sua vez, viajam pelo nervo óptico até uma parte do cérebro chamada córtex visual, onde se forma uma imagem.

A rapidez com que todo esse processo acontece a cada segundo é o que chamamos de resolução temporal.

Saiba mais sobre o estudo

Recentemente, um estudo divulgado pela revista PLOS ONE revelou que algumas pessoas têm uma resolução temporal mais alta do que outras ao enxergar o mundo ao seu redor.

Os pesquisadores sugerem que essa habilidade de captar mais imagens por segundo pode proporcionar uma vantagem em jogos e outras atividades de alta velocidade.

Kevin Mitchell, professor associado de neurobiologia do desenvolvimento do Trinity College Dublin e coautor do artigo, observou que exemplos como o daltonismo mostram que isso nem sempre é verdade, mas há muitas maneiras menos conhecidas pelas quais a percepção também pode variar.

“Como só temos acesso à nossa própria experiência subjetiva, podemos ingenuamente esperar que todos os outros percebam o mundo da mesma forma que nós. Este estudo caracteriza uma dessas diferenças – na ‘taxa de quadros’ de nossos sistemas visuais. Algumas pessoas realmente parecem ver o mundo mais rápido do que outras.”

Durante a pesquisa, os cientistas solicitaram a 88 voluntários que observassem uma luz de LED por um óculos de proteção, os quais foram ajustados para piscar em diferentes velocidades.

Esse teste, chamado de ‘limiar crítico de fusão de cintilação’, permitiu aos pesquisadores determinar em que frequência uma pessoa não conseguia mais discernir as oscilações e, em vez disso, percebia a luz como uma fonte contínua.

Descobertas surpreendentes

A pesquisa revelou que o limiar de oscilação variava consideravelmente entre os voluntários.

Alguns conseguiam perceber uma frequência de até 60 flashes por segundo, enquanto outros não conseguiam discernir interrupções em uma luz piscando apenas 35 vezes por segundo.

Além disso, descobriu-se que o limiar crítico de oscilação de cada indivíduo mudou relativamente pouco ao longo de várias sessões realizadas em dias subsequentes.

A variação na percepção de imagens por segundo entre os voluntários é interessante, pois é semelhante às observadas nos olhos de animais intimamente relacionados.

Em certas espécies, os olhos se desenvolveram de forma separada para caçar presas em movimento mais rápido do que em outras espécies.

Essa comparação destaca como a percepção visual pode ser adaptada de maneiras distintas em diferentes contextos evolutivos.

Seguindo a pesquisa, vários jogadores e alguns especialistas no campo aproveitaram as redes sociais para compartilhar suas visões sobre como essa possível descoberta poderia impactar a habilidade de uma pessoa em detectar diferentes quadros.

Os pesquisadores sugeriram que seria intrigante investigar no futuro se a resolução temporal realmente afeta o desempenho atlético e as habilidades de jogo de uma pessoa.

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