Atores de Hollywood ameaçam iniciar paralisação geral; entenda o caso

Categoria pede melhores salários e condições de trabalho, além de uma mudança na postura do sindicato. Roteiristas e diretores também têm se manifestado.

Um grupo de atores se reuniu para enviar uma carta ao Sindicato de Atores de Hollywood (SAG-AFTRA). O documento foi assinado por cerca de 400 pessoas e pede que a instituição siga uma “linha mais dura” no que se refere às contratações feitas no setor.

Nomes como Jennifer Lawrence (“O Lado Bom da Vida”), Mark Ruffalo (“Os Vingadores: Ultimato”), Rami Malek (“Bohemian Rhapsody”) e até Meryl Streep (“O Diabo Veste Prada”) assinaram o texto.  O documento foi divulgado por veículos de imprensa dos Estados Unidos.

No texto, o grupo de atores alega que compreendem que uma greve seria difícil para muitas pessoas e, por isso, não desejam chegar a este ponto; mas que, se for preciso, eles estão prontos para iniciar uma paralisação.  

Na carta, os atores também demonstram insatisfação e preocupação com os membros do sindicato e com a sua liderança. Para eles, é o momento de reverter os prejuízos que têm acontecido no setor.

No documento, o grupo cita que tem a sensação de que os salários, bem como os ofícios e toda a liberdade criativa do segmento foram prejudicados durante a última década.

Da mesma forma, na opinião deles, o poder do sindicato também foi lesado.  

Documento surge em meio à greve

Recentemente, a presidente do sindicato, Fran Drescher e o diretor executivo nacional, Duncan Crabtree-Ireland, relataram que todas as negociações sobre os direitos da categoria iam perfeitamente bem.

No entanto, o documento surge em meio a um debate a respeito de uma possível greve da categoria.

Roteiristas iniciaram a onda de protestos

A carta dos atores não é o primeiro manifesto contra o sindicato em Hollywood. Por lá, o clima não anda muito amigável desde maio, quando os roteiristas começaram a entrar em greve reivindicando melhores condições de trabalho.

As mudanças trazidas pelo streaming, bem como a chegada da Inteligência Artificial, têm sido alguns dos motivos de descontentamento dos profissionais.

Os diretores também chegaram a manifestar, no entanto, foi o caso considerado mais simples, haja vista que eles conseguiram um acordo temporário com os estúdios. A ideia principal era abarcar melhorias nos salários, proteção em relação à inteligência artificial e também ganhos residuais no streaming.

No período, o DGA (sindicato dos diretores) chegou a mencionar que buscou evitar um “cenário apocalítico”, que se daria pela greve da categoria, juntamente com roteiristas e também atores, resultando em uma paralisação completa desta indústria que movimenta bilhões de dólares anualmente.

No entanto, o setor já percebe resquícios de todas as greves. Atualmente, já existem produções atrasadas e até mesmo interrompidas. Acredita-se ainda que, se durar muito tempo, o movimento pode até mesmo atrapalhar o calendário de filmes e até das premiações anuais.

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