Submarino 'dos sonhos' vira o pesadelo da OceanGate: saiba mais sobre a embarcação
Submarino Titan que desapareceu enquanto explorava os destroços do Titanic era controlado apenas por um controle de videogame.
(Foto: Hit Site/Reprodução)
Recentemente, um submarino chamado Titan, pertencente à empresa OceanGate, tornou-se o centro das atenções após desaparecer no último domingo, dia 18 de junho.
A embarcação estava programada para levar cinco pessoas em uma expedição para explorar os destroços do Titanic, um dos navios mais famosos do mundo. A OceanGate já havia realizado várias dessas excursões anteriormente.
À medida que a notícia ganhou destaque na mídia, detalhes adicionais sobre o submarino foram revelados, surpreendendo muitos e despertando a curiosidade de outros.
Em meio às notícias, uma informação se sobressaiu: o modo como o submarino era operado. Segundo a própria OceanGate, o submarino era controlado por meio de um controle de videogame. Isso mesmo!
O Titan era controlado por um controle de videogame que custava apenas 42 euros, ou seja, aproximadamente 230 reais.
Cinco pessoas estavam a bordo do submersível. Entre elas, sabe-se que Paul-Henry Nargeolet, um renomado estudioso do naufrágio do Titanic, estava entre os passageiros do submarino.
E, na última quinta-feira (22/6), veio à tona a notícia que chocou o mundo: além do fato de oxigênio que estava disponível no submarino provavelmente ter acabado, após intensas buscas sem êxito foram encontrados destroços do submarino a apenas 500 m de onde o Titanic está afundado.
Diante disso, no mesmo dia a Ocean Gate confirmou a morte dos cinco tripulantes do submarino.
Passageiros precisam assinar termo
Um vídeo antigo revela o CEO da OceanGate, Stockton Rush, apresentando mais detalhes sobre o submersível, incluindo o controle responsável pela operação da embarcação. Em determinado trecho da gravação, Rush menciona:
“Tudo é comandado por controlador como este de game e nossas touchscreens. Se você quiser ir para frente, vai para frente; se quiser ir para trás, vai para trás, e tudo isso é controlado por bluetooth.”
Em outra ocasião, um repórter chamado David Pongue teve a oportunidade de inspecionar o submarino da OceanGate. E, de acordo com a opinião dele, as coisas pareciam improvisadas e a segurança era questionável.
O repórter também relatou ser necessário assinar um termo de responsabilidade que alerta e enfatiza que a viagem é experimental, não tendo sido aprovada ou certificada por nenhum órgão regulador, e que o uso do submersível poderia resultar em lesões físicas, incapacidade, trauma emocional ou até mesmo morte.
Pongue também acrescentou:
“O submarino era dirigido com controle de videogame. E não tinha GPS, nem cabo que o ligasse até a superfície, mas o fabricante garantiu que a cápsula, que é o mais importante, é segura, blindada, feita pela NASA.”