Sinal verde: lei de incentivo a veículos elétricos no Brasil avança no Senado

Se aprovada, a lei incentivará a pesquisa para desenvolver a tecnologia.

A mobilidade urbana tem sido um problema desde sempre. A ineficiência do transporte público no Brasil, seja por seus atrasos ou pela oferta reduzida de rotas, acaba por incentivar os cidadãos a comprar um carro próprio.

Porém, além dos problemas diretamente relacionados à mobilidade, como os engarrafamentos quilométricos, veículos particulares também se tornaram um problema ambiental. Por isso, o Senado busca aprovar uma lei de incentivo aos carros elétricos.

Lei de incentivo a carros elétricos

Leila de Barros é senadora pelo PDT do Distrito Federal e autora do Projeto de Lei 6.020/2019 que visa incentivar a pesquisa para o desenvolvimento de veículos elétricos através de incentivos tributários.

A lei, que está sendo discutida no Senado, estabelece que as empresas beneficiadas por essas renúncias fiscais terão de investir 1,5% do valor economizado em pesquisas, sejam elas feitas por universidades e outras instituições públicas, ou pelas próprias empresas.

As pesquisas buscam desenvolver tecnologias que poderão ser empregadas na produção de veículos elétricos que contribuirão para uma maior adesão da população e, consequentemente, na redução dos índices de poluição.

Carros elétricos.
Foto: Suwinai Sukanant/Canva Pro

Menos carros movidos a álcool

Recentemente, o projeto de lei foi aprovado pela CAE (Comissão de Assuntos Econômicos), que deu um parecer favorável. Além disso, a comissão também ressaltou a importância de o esforço prevalecer ante a outros já existentes no país, como os carros movidos a etanol.

De acordo com a CAE, as montadoras poderão não querer produzir veículos elétricos no país, já que fizeram massivos investimentos em carros à combustão e os veículos movidos a etanol são inviáveis do ponto de vista da exportação.

Isso acontece porque, mesmo que seja tido como energia limpa, o etanol não é amplamente difundido ao redor do mundo. Ou seja, seu alcance é muito limitado, o que torna a produção desse tipo de veículo impraticável.

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